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Nome da turnê de Pepeu Gomes revela sua atemporalidade
Show abre o festival Vivo Open Air, que começa amanhã, às 19h, no Caxangá Golf & Country Club
Considerado um dos maiores guitarristas do mundo, Pepeu Gomes começou a sua história com a música aos 14 anos de idade, ainda como baixista no grupo “Os Minos”, que era bastante influenciado pela Jovem Guarda. Embora a banda tenha chegado a gravar um compacto, seu lançamento foi impedido por conta da menoridade dos integrantes, que tomaram rumos diferentes. Somente um ano separa a saída de Pepeu da sua primeira banda do sucesso com os Novos Baianos, onde assumiu a guitarra aos 18 anos, dando início a uma vasta pesquisa sobre a música brasileira.
Pensar em números e relembrar datas na carreira do músico é reafirmar o seu virtuosismo pródigo à frente do instrumento, trazendo uma identidade nacional para um equipamento que ainda era um enigma para o Brasil entre os anos de 1960 e 1970.
Enquanto parte dos artistas repudiava a sua sonoridade elétrica, outra queria reinterpretá-la, mas somente alguém como Pepeu conseguiu convencer a todos que a guitarra poderia acrescentar aos dois lados. “É o único instrumento do mundo que vem atravessando todas as gerações sem perder a sua própria marca e respeito. Outros instrumentos foram aparecendo, com o bandolim e o cavaquinho, que são segmentados para alguns gêneros, mas a guitarra é universal”, defende ele.
Enquanto parte dos artistas repudiava a sua sonoridade elétrica, outra queria reinterpretá-la, mas somente alguém como Pepeu conseguiu convencer a todos que a guitarra poderia acrescentar aos dois lados. “É o único instrumento do mundo que vem atravessando todas as gerações sem perder a sua própria marca e respeito. Outros instrumentos foram aparecendo, com o bandolim e o cavaquinho, que são segmentados para alguns gêneros, mas a guitarra é universal”, defende ele.
Atualmente aos 64 anos de idade, o artista comemora os 50 anos de carreira com o show “Pepeu 50: A Mais de Mil”, onde testa a atemporalidade da sua guitarra resgatando os sucessos. O projeto abre o festival Vivo Open Air, que começa na quarta (30), às 19h, no Caxangá Golf & Country Club, com convites já esgotados. “Está acontecendo uma redescoberta pela juventude, que está carente de música boa. Os Novos Baianos deixaram um legado que até hoje é referência e é algo que se reflete nos trabalhos solos de cada um de nós, por isso o interesse dos mais novos”, observou o compositor, que montou o repertório a partir de uma pesquisa feita com o público na internet.
“Foi um grande impasse para fazer o repertório. Para resumir 42 discos em uma hora e 20 minutos, você tem que ter um feeling para atender a todo mundo. Mantive as músicas mais famosas que já vinha cantando, mas acrescentei outras que não tocava há 20, 30 anos, como ‘Planeta Vênus’, ‘Do Amor’ e ‘Masculino e Feminino’”, lista ele, que inclui entre os sucessos “Sexy Yemanjá”, algumas originalmente gravadas com os Novos Baianos e até “A Cidade”, dos pernambucanos Chico Science e Nação Zumbi. “A gente deu um trato nela, que ficou uma mistura do mangue com Jimi Hendrix”, brinca Pepeu, que era amigo de Science e incluiu a música no roteiro para homenageá-lo.
O show tem direção do filho Filipe Pascual, do segundo casamento de Pepeu. “Todos os meus filhos trabalham com música e acho que isso é um processo normal, coisa de DNA. Sou filho de pais músicos e acho que isso é uma sequência da natureza, acho bacana que eles sigam por esse caminho também. Mas não me influenciam porque já tenho certa idade e sei onde posso e quero chegar”, explica Pepeu que, atualmente, também excursiona com a ex-mulher, Baby do Brasil, em turnê especial dos Novos Baianos. “Tem sido maravilhoso. A nossa intimidade musical é feita em 5 minutos, porque a gente passou tanto tempo convivendo juntos, que já conhecemos bem as virtudes e os defeitos uns dos outros, e nos respeitamos demais”, disse ele, que ainda acrescenta o interesse em trazer o projeto para o Recife.
Vivo Open Air
Trazendo como proposta principal exibir filmes ao ar livre, a segunda edição do Vivo Open Air em Recife se estende até o dia 18 de dezembro, sempre da quarta-feira ao domingo. A programação completa conta com sessões de clássicos, como “O Iluminado”, “O Exorcista” e “Dirty Dancing”, além de pré-estreias, como “Minha Mãe é Uma Peça 2” e “Michelle e Obama”. Praticamente todos os dias contarão com uma apresentação instrumental e outra mais pop, conta com shows de nomes como Otto, Los Sebosos Postizos, A Banda de Joseph Tourton, Amaro Freitas e Hugo Linns.
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