Novela 'Porto dos Milagres', exibida em 2001, volta ao Globoplay
"Porto dos Milagres" se passa na fictícia cidade de mesmo nome, onde vivem duas classes sociais distintas: a burguesia e os moradores do cais do porto
A partir desta segunda-feira,(1), o catálogo do Globoplay passa a contar com a novela "Porto dos Milagres", que foi exibida originalmente entre fevereiro e setembro de 2001.
Como parte de um projeto de resgate dos clássicos da dramaturgia na TV Globo, o qual inclui ainda a novela "O Bem-Amado", de 1973, o serviço de streaming não poderia deixar de fora esta livre adaptação de duas obras do escritor baiano Jorge Amado: "Mar Morto" e "A Descoberta da América Pelos Turcos".
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"Porto dos Milagres" se passa na fictícia cidade de mesmo nome, onde vivem duas classes sociais distintas: a burguesia e os moradores do cais do porto. Guma (Marcos Palmeira) é um pescador que contrapõe a política do inescrupuloso Félix (Antonio Fagundes) e se apaixona por Lívia (Flávia Alessandra, em seu primeiro papel como protagonista).
A mitologia e a religiosidade estão presentes na trama por meio da figura de Iemanjá, a "rainha do mar", padroeira de Porto dos Milagres e que, de forma onírica, exerce influência na vida dos habitantes.
Assinada por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares, a novela conta com muitas cenas de realismo fantástico. A mocinha Lívia Proença é uma jovem especialista em internet e criada no Rio de Janeiro. Na trama, ela tinha uma forte rival, Esmeralda (Camila Pitanga), mulher sedutora e capaz de tudo para conquistar Guma.
Um dos grandes destaques da produção foi Rosa Palmeirão, personagem de Luiza Tomé, que, depois de ficar 20 anos presa por matar o estuprador da irmã, abre um bordel na cidade. Ela acaba se apaixonando pelo vilão Félix.
Outra virada é o retorno do deputado corrupto Pitágoras (Ary Fontoura), que tinha feito grande sucesso em outra obra de Silva, "A Indomada" (1997). "Porto dos Milagres" marcou, ainda, a estreia de Vladimir Brichta na Globo, como o jovem e atraente garçom Ezequiel.
A trilha sonora do folhetim, à época lançada em dois volumes, é um show à parte. A abertura conta com "Caminhos do Mar", na voz de Gal Costa, além de hits como "A Lua Que Eu Te Dei", de Ivete Sangalo, "Entre o Céu e o Mar", de Elba Ramalho, e "Dinamarca", de Gilberto Gil.