Novo álbum de Lúcio Maia passeia por ritmos quentes
O músico, também guitarrista da Nação Zumbi, lança o álbum que leva o seu nome, com fortes influências da música caribenha
Lúcio Maia, guitarrista da banda Nação Zumbi e de outros projetos musicais, acaba de lançar nas plataformas digitais um álbum solo de músicas instrumentais, que leva seu nome e traz forte influência latina e caribenha. Maia desbrava o continente sul-americano num som em que o tempero latino está presente de forma intensa, mas sem abandonar a essência brasileira.
"Esse trabalho é mais uma intervenção artística minha, uma maneira de não ficar parado ou viver na zona de conforto da Nação Zumbi. Eu preciso sempre me colocar em risco, me auto avaliar como artista, criar coisas novas", explica, acrescentando que sempre foi um amante da salsa, do merengue, da música cubana e de outros ritmos caribenhos, além da surf music e da guitarrada paraense.
A ideia do disco, conta ele, surgiu em 2016. "O processo de criação foi super rápido. Simplesmente pensei nisso e entrei no estúdio caseiro para compor. Levei cerca de dez dias", relembra. Na sequência, começou a convidar outros músicos para participar. O primeiro foi Tom Rocha, percussionista da banda Academia da Berlinda, conhecida pela malemolência de seu som.
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Na sequência, vieram o baixista Fábio Sá (que tocou com Rômulo Froes e Ana Cañas, entre outros), o tecladista e guitarrista Maurício Fleury, do Bixiga 70 (que também já acompanhou Gal Costa, João Donato e vários outros nomes de peso), o baterista Hugo Carranca (que acompanha Otto) e o percussionista Felipe Roseno (que já integrou as bandas de Maria Gadú e Ney Matogrosso).
Numa etapa posterior, se somaram ao grupo o baixista Dengue (que é parceiro de Lúcio Maia na Nação Zumbi) e o baterista Thiago Silva (que toca com a banda Black Rio e com Thais Gulin). "A influência direta dessas pessoas que participaram do disco foi essencial para que o resultado soasse como ele soa. Todos eles colocaram sua digital ali, sua visão musical. As trocas são importantíssimas, significativas. A música se amplia, se torna muito maior do que seria, se fosse feita só por você".
São oito faixas (as autorais "A melhor de todas", "Nascimento de um instante", "Savana Tropical", "Aurora", "Enrolando Salsa", "Palomar" e "Amor invísivel", mais uma versão de "Lithium", do Nirvana), que estão disponíveis em várias plataformas: Itunes, Deezer, Spotify, Apple Music, Amazon Music e YouTube. "Pensei em fazer um disco com esse approach, trazendo sonoridades que me influenciam pela vida inteira", descreve.
Lúcio Maia conta que o grupo apresentou esse trabalho em algumas oportunidades, em São Paulo. "Foi um exercício artístico, antes de entrar para gravar", relembra. "Não foram muitos shows, foi só para dar uma esquentada e levantar a ideia em conjunto". Por enquanto, o músico está focado no lançamento e na divulgação de "Lúcio Maia", mas, em breve, vai pegar a estrada. "Pretendo rodar o país inteiro. O mundo, se puder. Vai depender dos convites", adianta.