Olhar sensível para os refugiados no livro de Sophia
Sophia Maia, 10 anos, lança livro reunindo ilustrações e desenhos que criou para ajudar os refugiados do Oriente Médio
Tudo começou no ano passado, quando Sophia Maia, aos nove anos, viu a foto de uma menina refugiada, mais ou menos da idade dela, com uma boia de brinquedo na cintura.
Foi aí que ela tomou uma atitude que muitos sequer saberiam por onde começar: ajudar os refugiados do Oriente Médio e de outros lugares do mundo.
Foi aí que ela tomou uma atitude que muitos sequer saberiam por onde começar: ajudar os refugiados do Oriente Médio e de outros lugares do mundo.
“Acompanhava esse drama dos refugiados vendo na televisão e na internet e achava tudo isso muito triste, mas também muito interessante. Meus pais me explicavam sobre o que estava acontecendo e fui me sensibilizando cada vez mais”, conta Sophia.
O meio que a garota, hoje com dez anos, achou para auxiliar essas pessoas foi realizar uma exposição em 2015 vendendo seus desenhos, na Galeria Suassuna, na Praça de Casa Forte. Agora, a exposição vira o livro “Imaginário - A arte solidária de Sophia”, impresso pela gráfica Santa Marta, que reúne as ilustrações expostas e dois desenhos inéditos, sendo lançado nesta sexta-feira, às 18h30, no Plaza Shopping.
Todo o valor arrecadado com a venda da publicação será doado para a filial de Curitiba da Adus - Instituto de Reintegração do Refugiado, assim como ocorreu com a arrecadação da venda dos desenhos da exposição do ano passado. Além da noite de autógrafos do livro, também lançado na Bienal de São Paulo, haverá uma mostra com as gravuras e uma oficina de desenho com Sophia, neste sábado e domingo.
Todo o valor arrecadado com a venda da publicação será doado para a filial de Curitiba da Adus - Instituto de Reintegração do Refugiado, assim como ocorreu com a arrecadação da venda dos desenhos da exposição do ano passado. Além da noite de autógrafos do livro, também lançado na Bienal de São Paulo, haverá uma mostra com as gravuras e uma oficina de desenho com Sophia, neste sábado e domingo.
“Depois que ela viu essa cena da menina na boia, disse que ia ajudar fazendo o que sabia: desenhar e vender. A gente não levou muito a sério no início, mas depois que vimos o primeiro desenho percebemos que ela estava empenhada e que existia sim uma possibilidade de ajudar essas pessoas”, comenta Luciana Maia, mãe de Sophia.
Sophia, que fazia questão de levar pessoalmente o dinheiro arrecadado para as crianças, conseguiu realizar a vontade. Ela foi até a sede do Adus em São Paulo, onde fez novas amigas como Jessy, do Congo, e Gawla, da Síria. “Foi uma experiência gratificante, um momento muito emocionante, em que eu pude conhecer um monte de gente diferente de mim”, recorda.
Desenhando desde os três anos de idade, Sophia tem dentro de casa o apoio e as maiores influências, principalmente por parte da mãe, que é designer gráfica. Com desenhos de traços fortes e marcantes, feitos com tinta acrílica em forma de caneta, que remontam à xilogravuras de cordel, a pequena tira inspiração de pessoas e coisas de seu cotidiano, além de filmes, livros e artistas de renome internacional. “Gosto muito de Frida Kahlo e Van Gogh e mais ou menos de Salvador Dalí”, brinca.
Hoje, Sophia diz que os desenhos serão apenas seu hobby no futuro. Ela quer ser bióloga, terapeuta, escritora e poeta. Se conseguirá dar conta de tudo isso já é outra história.
O que importa é a preocupação com temas importantes ser algo que não para nesse projeto: já pensa nas próximas exposições e os temas que pretende abordar - animais abandonados e bebês com microcefalia.
O que importa é a preocupação com temas importantes ser algo que não para nesse projeto: já pensa nas próximas exposições e os temas que pretende abordar - animais abandonados e bebês com microcefalia.
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