Como? Com letras que falam de amor, casos do cotidiano e decepções nas relações amorosas. E mais: colocando o ritmo na voz de estrelas do mercado contemporâneas. Para se ter noção da ambição do projeto, até a funkeira Ludmila, Wesley Safadão e o pagodeiro Thiaguinho estão com seus nomes cotados.

Mesmo que se pretenda dar outra roupagem ao ritmo mais tradicional de Pernambuco, a intenção não é romper os laços com as raízes. Apenas que, como tudo, é preciso se reinventar para sobreviver, a missão aceita pelos dois músicos tentará - na verdade - desenvolver o frevo. “Quero ter a felicidade de ouvir um frevo nas rádios mesmo após a quarta-feira de cinzas”, sonha Sullivan.

Focando nesse propósito, os músicos pernambucanos pretendem montar um disco com 14 faixas - seis delas já estão até prontas - e o projeto terá início entre maio e abril deste ano. O lançamento está previsto para o Carnaval do ano que vem.

Vale ressaltar que a composição das músicas não é de autoria exclusiva de Nonô e Michael Sullivan. Além deles, artistas como o baiano Carlinhos Brown e o pernambucano Dudu Falcão também estão colaborando para o projeto.

Essa mistura de letras, vozes e melodias fará com que o patrimônio cultural de Pernambuco encontre caminhos mais amplos e se torne mais pop. “O patrimônio não é só daqui, é do mundo inteiro”, pontuam. Inclusive, para conversar mais sobre o assunto, Nonô e Sullivan estarão no programa Sarau de Zé Renato na Rádio Folha FM 96,7 nesta quinta-feira (2) à noite, das 21h às 23h.