Cultura+

Protagonista magnética conduz drama 'Meu Nome É Sara'

'Meu Nome É Sara' pode parecer uma como tantas histórias de fugas passadas no Holocausto

Filme está em cartaz em cinemas da capital Filme está em cartaz em cinemas da capital  - Foto: Reprodução

Durante a Segunda Guerra Mundial, uma garota polonesa judia que tem a família inteira morta pelos nazistas foge para a Ucrânia, assumindo a identidade de sua melhor amiga. Ela encontra refúgio com fazendeiros. Na presença dos soldados alemães na região, é obrigada a esconder sua religião para sobreviver. Resumido assim, "Meu Nome É Sara" pode parecer uma como tantas histórias de fugas passadas no Holocausto. Na verdade, é muito mais um drama angustiante, de pressão psicológica, do que uma narrativa de bravura.

A jornada real de Sara Góralnik atraiu Steven Oritt quando ele estava em transição de criador de videoclipes musicais para a direção de documentários. Seu "American Native", de 2014, é um retrato fascinante de uma comunidade que mora numa montanha a 50 km da cidade de Nova York preservando a cultura dos índios americanos. Quando começava a rodar o documentário seguinte, conheceu o relato da jovem e fez dele sua estreia na ficção.

Filmado na Polônia, o longa precisava de uma atriz forte como protagonista. Selecionada entre 650 candidatas, a polonesa Zuzanna Surowy é uma revelação. Pela primeira vez diante da câmera, ela é magnética em um papel que exige mais silêncios do que verbalizações.

Leia também:
Bolsonaro indica pastor e produtora de festival cristão para dirigir Ancine
'A Hora da Sua Morte' tenta assustar, mas nem sempre consegue
Kleber Mendonça Filho, de 'Bacurau', diz em Berlim que governo sabota o cinema

Ficar em silêncio é fundamental para Sara. Quanto menos ela falar, menores serão as chances de revelar seu segredo. Ela também precisa esconder sua repulsa pelos nazistas que se interessam por uma garota bonita, além de preservar seu disfarce diante de sua nova família em situações corriqueiras, mas que podem ser difíceis. Como sentar à mesa para comer carne de porco.

A atriz transmite o nervosismo da personagem. No cinema, o espectador sofre junto com ela, como quando Sara se defronta com segredos comprometedores da família que lhe dá abrigo, numa reviravolta da narrativa. "Meu Nome É Sara" não é impecável porque deixa passar ganchos dramáticos que poderiam render mais emoção. Às vezes fica um pouco frio, talvez devido ao trabalho de documentarista do diretor.

Mas vale a pena ver essa história opressiva, sufocante, e admirar a performance de sua atriz principal.

MEU NOME É SARA
Classificação: 16 anos
Elenco: Zuzanna Surowy, Konrad Cichon e Pawel Królikowski
Produção: Polônia, 2019. 111 min
Direção: Steven Oritt
Avaliação: muito bom

 

ASSISTA AO TRAILER 

Veja também

Anitta distribui brindes para convidados em festa: bebidas para homens; bolsas para mulheres
FAMOSOS

Anitta distribui brindes para convidados em festa: bebidas para homens; bolsas para mulheres

Pode treino de força na gravidez? Leandra Leal pratica exercícios com 4 meses; entenda os limites
exercícios

Pode treino de força na gravidez? Leandra Leal pratica exercícios com 4 meses; entenda os limites

Newsletter