TEATRO EVA HERZ
Raridades da música erudita no palco
Ideia é mostrar como se deu a construção tanto da técnica vocal como do estilo da ópera
A apresentação é fruto de uma aprofundada pesquisa. Ao longo dos últimos cinco anos, em visitas a diversas bibliotecas na Europa, o cantor conseguiu acumular uma série de manuscritos e partituras raras, transcritas por ele mesmo para a notação moderna. O público terá a chance de ouvir uma parte desse material cantado por Gauss. “O espetáculo traça a linha do tempo do canto lírico. A ideia é mostrar como se deu a construção tanto da técnica vocal como do estilo da ópera, começando do barroco até a primeira metade do século 19”, explica. Há uma atenção especial para a técnica do bel canto, que tem como maiores representantes os italianos Gioacchino Rossini, Gaetano Donizetti e Vicenzo Bellini.
No palco, o tenor tem a companhia da pianista Rachel Casado. A estrutura da récita é dividida em blocos dedicados a três diferentes estilos: barroco, clássico e romântico. Sebastião Câmara assume a função de preparador vocal e diretor artístico do trabalho. “É raro encontrar um tenor que tenha a coragem de executar um repertório como esse. É preciso muita coragem e uma dose de loucura também. Acho que 50% do que o público vai ouvir nunca foi cantado por aqui. São peças muito raras, devido ao seu grau de dificuldade”, afirma.
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