'Razões Africanas', filme sobre as origens do blues, do jongo e da rumba, estreia no Recife
Documentário dirigido por Jefferson Mello entra em cartaz no Cinema da Fundação nesta sexta (4)
As conexões, paralelos e diferenças entre o jongo, a rumba e o blues, três ritmos musicais tocados no Brasil, em Cuba e nos Estados Unidos, são matéria prima para “Razões Africanas”, documentário dirigido por Jefferson Mello que estreia no Cinema da Fundação, no Recife, nesta sexta-feira (4), com sessões diárias.
Filmado em seis países - entre eles Angola, Brasil, Estados Unidos e Congo - o documentário acompanha três personagens que simbolizam cada ritmo: a brasileira Lazir Sinval, a cubana Eva Despaigne e o americano Terry ‘Harmonica’ Bean.
Por meio de depoimentos e cenas do cotidiano, eles revelam suas origens africanas comuns aos estilos musicais que se espalharam ao redor do mundo, valorizando suas respectivas tradições e culturas.
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Confira o trailer
Entre 2023 e 2024, “Razões Africanas” foi selecionado para mais de dez festivais de cinema internacionais, como a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, o Festival de Cinema de Havana e o Festival Pan-Africano de Cinema e Artes em Los Angeles.
Foi o vencedor do prêmio de Melhor Documentário Especial pelo Júri no Festival “Cinema on the Bayou”, em Louisiana (EUA), e também de Melhor Documentário no Festival Internacional de Cinema Africano da Argentina. Nos dias 1º e 2 de novembro de 2024, também teve sessões especiais em Angola.
O filme é uma produção da Tremè Produções, em coprodução com a Carmela Conteúdos e conta com patrocínio do Instituto Cultural Vale e da A&M Álvares Marsal. A distribuição também é da Tremè Produções.
Sinopse
“Razões Africanas” é um documentário de estrada sobre ancestralidade, música e resistência. Ao longo de quatro anos, o diretor Jefferson Mello percorreu seis países — Brasil, Cuba, Estados Unidos, Angola, Mali e República Democrática do Congo — em busca das raízes africanas de três ritmos que marcaram a história da humanidade: o jongo, a rumba e o blues.
Viajando sozinho, ele optou por trabalhar com profissionais locais em cada país, reunindo olhares e vivências que enriquecem o filme com autenticidade e potência.
A obra fala sobre o sequestro dos africanos, mas também sobre a força de um povo que resistiu — e que se expressa por meio da música até hoje. Com forte repercussão internacional, o documentário já foi exibido e premiado em diversos festivais ao redor do mundo.
Sobre o diretor
Jefferson Mello, brasileiro e cidadão do mundo, fotógrafo de moda e publicidade, diretor de fotografia, empreendedor e documentarista com uma trajetória especializada na diáspora. Dedicou duas décadas capturando a essência do samba e do jazz no Brasil e em Nova Orleans.
Com uma jornada que abrange 12 países, explorou as raízes do jazz, percorreu o sul dos Estados Unidos e criou um livro de fotografias sobre o universo do jazz de nome “os caminhos do jazz”.
Além de suas contribuições visuais, dirigiu o documentário "Samba & Jazz", refletindo seu compromisso com a representação da música afro e da ancestralidade africana nos ritmos musicais.
Atualmente está filmando um novo filme sobre o racismo no futebol com uma abordagem global sobre o tema e que contará também a história dos camisas negras. Seus projetos cinematográficos transcendem fronteiras, impactando países e continentes.