Recife sedia Fórum de Secretários de Cultura do Nordeste
Encontro realizado na Capital pernambucana discutiu possibilidades de articulação com corpos diplomáticos de países como Japão, Alemanha, Estados Unidos e Grã Bretanha
Secretários e dirigentes estaduais de cultura de todo o Nordeste estão se articulando para colocar a Cultura como um dos pontos-chave do Consórcio Nordeste, que, entre outras propostas, busca alternativas para atrair investimentos para os estados da região. A portas fechadas, nestas quinta-feira (03) e sexta-feira (04), eles se reúnem com representantes dos corpos consulares instalados em Pernambuco.
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Representantes do Japão, França, Eslovênia, Malta, Grã Bretanha, Argentina, Estados Unidos e Alemanha estiveram presentes no encontro da quinta (3). Durante o fechamento da programação, na sexta, estão previstos informes e encaminhamentos sobre questões como censura às Artes e Cultura e a atuação da gestão de Cultura no Legislativo, bem como em programas federais como Cultura Viva e Ancine.
À reportagem, Arany contou que o fórum se torna cada vez mais necessário por conta das restrições que vêm acontecendo no setor. "Estamos lutando para buscar caminhos e mecanismos que permitam nossa sobrevivência", afirmou ela, para quem a Cultura pode ser encarada como um eixo de desenvolvimento, em especial numa região tão rica sob esse aspecto.
A ideia é reforçada pela coordenadora de Cultura da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Isabel de Paula, para quem a iniciativa é uma importante estratégia de integração que deverá permitir aos nove estados nordestinos promoverem, por meio da cultura, seus desenvolvimentos econômico, social e humano. "O Nordeste pode e deve usar esses ativos do seu patrimônio material e imaterial. Se tem um lugar no Brasil que pode se apropriar desse potencial e desenvolver estratégias e políticas para o benefício de sua população e para a projeção nacional e internacional dessa cultura é o Nordeste", pontuou.