Bicentenário

Revista destaca o protagonismo de Pernambuco na Independência do Brasil

A publicação "200 anos da Independência do Brasil e como foi em Pernambuco!" foi lançada no mês de setembro pela editora Engenho de Mídia, em formato impresso e em versão digital

Revista pode ser acessada em formato físico ou virtualRevista pode ser acessada em formato físico ou virtual - Foto: Alexandre Aroeira / Folha de Pernambuco

A tradição libertária de Pernambuco tem origem nas lutas que culminaram na independência do Brasil. Entre 1817 e 1824 foram os anos mais intensos, turbulentos e sangrentos da nossa história. Para destacar o protagonismo do Estado nesse período, a publicação “200 anos da Independência do Brasil… e como foi em Pernambuco!” foi lançada no mês de setembro pela editora Engenho de Mídia, em formato de revista e com versão digital, com pesquisa e textos do jornalista José Neves Cabral, edição e textos de Carol Bradley, consultoria técnica de George Cabral, projeto gráfico e design de Bruno Falcone Stamford e ilustração de Thiago Lucas.

A publicação apresenta fatos marcantes que comprovam como o espírito revolucionário de Pernambuco influenciou na Independência do Brasil. “Pernambuco é muito pouco valorizado quando o assunto é Independência do Brasil, apesar da relevância e das lutas que teve. Em 1817, com a Revolução Pernambucana, nós ficamos independentes em relação à Coroa portuguesa. E ao contrário do que aconteceu em 1822, quando nós continuamos com a monarquia, com a Revolução Pernambucana, o que nós conseguimos foi implantar uma República. Foi por pouco tempo, é verdade - pouco mais de dois meses - mas demonstra o pioneirismo de Pernambuco em relação a esse tema”, pontua Carol Bradley.
 

Luta e protagonismo
“A revista mostra que o processo de independência não foi tão pacífico e heroico, como a história oficial tentou passar com aquele ato de Dom Pedro I. Antes, houve um intenso movimento de uma província como Pernambuco que sonhara com a independência antes mesmo dos membros da família real. O grito do Ipiranga foi um grito de alguém que queria apenas "manter" o que considerava seu "patrimônio pessoal", o território Brasil. Já as revoluções pernambucanas almejavam a liberdade em seu sentido mais amplo. Mesmo sem incluir, por uma questão circunstancial, a libertação dos escravos naquele momento, todos sabiam que essa era apenas uma forma de buscar o consenso para levar aqueles movimentos em frente”, avalia José Neves Cabral.

“Os movimentos pernambucanos de 18I7 e 1827, embora não tenham sido vencedores, interferiram na forma como o Brasil ficou independente, permitindo uma adesão, ainda que precária, ao sistema constitucional. Isso impediu o surgimento de uma monarquia totalmente absolutista e deu espaço para alguma descentralização do poder no período imperial. Os momentos críticos do processo da Independência do Brasil em Pernambuco nos fazem ver que existiam diversas opções possíveis para o início de nossa trajetória como país politicamente autônomo”, avalia George Cabral, professor de História da UFPE e doutor em História pela Universidade de Salamanca.

José Neves Cabral (texto e pesquisa), Carol Bradley (texto e edição), Thiago Lucas (ilustração) e George Cabral (consultoria).

Repressão e apagamento
Os ideais da Revolução Pernambucana provocaram uma repressão violenta em 1817. Dom João mandou executar os líderes que foram mortos para servir de exemplo. “Luis do Rego Barreto, governador que assumiu a província, mandou queimar todos os documentos para que ninguém soubesse o que aconteceu aqui em Pernambuco. Eles queriam realmente não só executar os líderes como apagar da história o que ocorreu aqui, para que não incentivasse outras províncias a irem pelo mesmo caminho”, explica Carol Bradley.

Os ideais iluministas e a maçonaria
Outra passagem marcante da publicação apresenta a grande influência que a maçonaria teve nos movimentos revolucionários pela Independência do Brasil. Alguns historiadores acreditam que a primeira maçonaria no Brasil foi fundada em Itambé, Interior de Pernambuco. 

“A maçonaria tinha que funcionar de forma secreta porque não era autorizada, era o local em que as pessoas se reuniam para trocar ideias e para conspirar realmente. Porque os maçons tinham esse ideal de liberdade, fraternidade e igualdade que veio com o iluminismo e nessas reuniões que aconteciam eles conversavam sobre isso e conspiravam sobre como fazer a revolução. Os principais líderes revolucionários em Pernambuco eram maçõns. Frei Caneca, José Domingo Martins e praticamente todos os líderes de 1817 e próprio Dom Pedro I era da maçonaria. “200 anos da Independência do Brasil… e como foi em Pernambuco!”, 

SERVIÇO
Para solicitar a versão impressa ou ter acesso à versão digital acesse o site do Engenho de Mídia.

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