Ter, 09 de Dezembro

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BRASIL

Sindicato cita 'situações preocupantes' e fiscaliza set de filme sobre Bolsonaro após reclamações

Longa adotará narrativa heroica e retratará o ex-presidente como 'improvável vencedor' das eleições

O ator Jim Caviezel interpretará Jair Bolsonaro O ator Jim Caviezel interpretará Jair Bolsonaro  - Foto: Reprodução/Instagram

O Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de São Paulo (Sated-SP) afirmou nesta segunda-feira que enviou delegados sindicais ao set de gravações do longa "Dark Horse", filme que pretende contar a trajetória do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que tem estreia prevista para 2026. A associação afirma ter recebido reclamações, na sexta-feira, sobre más condições de trabalho de atores e figurantes.

"O Sated-SP recebeu relatos de diversas situações preocupantes tanto de figurantes quanto de atores. Delegados sindicais responsáveis pela fiscalização estiveram no local das gravações para dialogar com a equipe e a produção do filme, apresentando as denúncias recebidas e solicitando que sejam tomadas as devidas providências para garantir que os artistas sejam tratados de acordo com as regulamentações do Sated", disse o sindicato.

O Globo procurou o deputado federal Mário Frias (PL-SP), que assina produção e roteiro do longa, mas não teve retorno até a publicação da reportagem. Ela será atualizada em caso de resposta.

O longa adotará narrativa heroica e retratará o ex-presidente como "improvável vencedor" das eleições. A trama também incluirá o passado militar de Bolsonaro e sua atuação contra o tráfico de drogas. Adélio será retratado com nome fictício.

Dark Horse pretende alcançar o público internacional ao reconstituir a trajetória política de Bolsonaro, atualmente condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e preso preventivamente desde 22 de novembro.

Imagens vazadas das gravações do longa-metragem "Dark Horse" ("O azarão", em tradução livre) mostram o ator americano Jim Caviezel, que dará vida a Bolsonaro, interpretando o episódio da facada sofrida pelo ex-presidente em 2018, em Juiz de Fora (MG), durante a corrida eleitoral.

O elenco aposta em nomes internacionais como Lynn Collins (John Carter – Entre Dois Mundos) e Esai Morales (Missão: Impossível – O Acerto Final), além do brasileiro Felipe Folgosi, que interpreta um policial federal.

O diretor Cyrus Nowrasteh tem 69 anos e também é conhecido por filmes de temática religiosa, como "O apedrejamento de Soraya M." (2008), "O jovem messias" (2016) e "Sequestro internacional" (2019).

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