Cinema

"Trem-Bala" traz Brad Pitt e grande elenco em thriller caótico

Filme dirigido por David Leitch traz trama de ação e mistério a bordo de um trem no Japão

Pitt vive o assassino azarado em "Tem-Bala"Pitt vive o assassino azarado em "Tem-Bala" - Foto: Divulgação

Coloque Brad Pitt em cena, junte com altas doses de violência, uma trama mirabolante e piadas nonsense. Essa pode até parecer a fórmula para mais um filme de Quentin Tarantino, mas o resultado dessa mistura é o novo longa-metragem de David Leitch, “Trem-Bala”, que estreia nesta quinta-feira (4) nos cinemas brasileiros.
 


Transitando entre o thriller e a comédia de ação, o filme é uma adaptação do romance japonês “Maria Beetle”, escrito por Kōtarō Isaka. Primeira obra do autor - que é um sucesso de vendas no seu país de origem - traduzida no Brasil, o livro foi lançado recentemente por aqui, pela editora Intrínseca, com o mesmo título da versão para o cinema.

Com roteiro adaptado por Zak Olkewicz, o longa-metragem traz Pitt no papel de um assassino de aluguel de codinome Joaninha. Crente de que o azar o persegue, ele decide se aposentar do crime e levar uma vida sossegada. Antes disso, aceita executar um último trabalho, aparentemente muito simples: pegar uma mala que está dentro de um trem-bala no Japão. O problema é que ele não é o único criminoso à bordo do transporte.



Na viagem que vai de Tóquio a Kyoto estão reunidos assassinos de diversas partes do mundo. Todos eles possuem missões diferentes e conflitantes, mas que parecem conectadas de alguma forma. Até o trem chegar ao seu destino final, esses encontros nada amistosos fazem o sangue escorrer pelos vagões do veículo ultra veloz.

Ação, suspense e mais ação

Repleto de ação do começo ao fim, “Trem-Bala” aposta também no mistério para prender a atenção do público. A cada estação onde o trem precisa parar, novas camadas são inseridas à história, tornando a trama ainda mais intrincada e difícil de desvendar. Planos de vingança, sequestros, envenenamentos e até o roubo de uma cobra engrossam o caldo deste caótico emaranhado de acontecimentos.

A “pedra no sapato” do filme está na forma como os desfechos de tantas subtramas são apresentados nos seus momentos finais. Depois de servir um plot twist atrás do outro na sua primeira metade, o filme acaba decepcionando um pouco quando se aproxima do final, com soluções bem previsíveis, deixando um gosto de promessa não cumprida no público.

David Leitch entrega uma versão consolidada daquilo que ele vem experimentando em trabalhos anteriores, como “Deadpool 2” (2018) e “Atômica” (2017). Seu passado como dublê em Hollywood o ajuda a construir cenas de lutas incrivelmente coreografadas. Neste caso, mesmo limitado ao diminuto espaço de um trem, o resultado é de encher os olhos. O visual neon, com referências ao universos dos games e animes japoneses, ajudam a tornar a atmosfera do filme ainda mais anárquica.

Elenco causou polêmica

A escalação do elenco é um ponto que gerou controvérsia mesmo antes da estreia da produção. Nas redes sociais, não faltaram críticas sobre a escolha de atores americanos e britânicos para a maior parte dos assassinos na adaptação cinematográfica, uma vez que no livro os protagonistas são japoneses.
 
Sem demonstrar grande preocupação com a etnia dos seus personagens, a equipe envolvida no projeto preferiu convocar um time estelar. Além de Pitt, também estão no elenco Joey King, Aaron Johnson, Brian Tyree Henry, Andrew Koji, Zazie Beetz e Logan Lerman. Sandra Bullock faz uma participação especial como a contratante de Joaninha. Há ainda outras aparições de astros hollywoodianos, mas manter a surpresa é parte fundamental da experiência de assistir ao filme. 

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