Vestido "perdido" de Dorothy, do Mágico de Oz, vai a leilão por até US$ 1,2 milhão
Figurino usado pela atriz Judy Garland na produção exibida em 1939 estava sumido desde o fim dos anos 1980
Em uma cena inesquecível do filme “O Mágico de Oz”, a Bruxa Malvada do Oeste, com sua pele verde, assusta Dorothy ameaçando machucar seu cachorro, Totó, se a menina não entregasse seus sapatinhos de rubi.
A cena ficou na memória, não apenas pelo vermelho vivo dos sapatos de Dorothy, mas também pelo belo vestido-avental xadrez azul e branco – um dos vários que a adolescente Judy Garland usou em um dos primeiros grandes filmes em Technicolor, exibido em 1939.
— O vestido era uma lenda, mas ninguém o via desde o fim dos anos 1980 — disse Jacqueline Leary-Warsaw, reitora da Escola de Música, Teatro e Arte da Universidade Católica da América, em Washington.
Um padre que chefiava o departamento de teatro havia recebido o vestido em 1973, mas a universidade o perdeu de vista. Agora, a instituição espera leiloá-lo por pelo menos US$ 1,2 milhão, com o intuito de usar o dinheiro para financiar um novo programa de filmes.
O vestido começou a ser exibido no último sábado, dia 23, na Bonhams de Nova York, onde o público pode vê-lo até a próxima sexta-feira. Em 24 de maio, será apresentado no leilão “Bonhams Classic Hollywood: Film and Television”, em Los Angeles.
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Judy Garland usou várias versões do vestido, mas sabe-se que ainda existe apenas uma outra. A Julien's Auctions o vendeu por US$ 480 mil, em 2012. E a Bonhams vendeu o mesmo vestido por quase US$ 1,6 milhão, em 2015.
Este segundo vestido foi encontrado no ano passado, em uma caixa de sapatos, dentro de uma sacola, em cima de algumas caixas de correio dos professores da universidade. E ele ainda guarda a blusa branca usada sob o vestido-avental.
— Ele era uma lenda no departamento de drama da universidade — contou Jacqueline.
A história era que uma amiga de Judy Garland, Mercedes McCambridge, que na época era atriz e artista residente universitária, havia dado um livro com fotos do vestido daquela época ao ex-chefe de teatro da escola, o reverendo Gilbert Hartke, em 1973.
Mas o vestido acabou sendo guardado na década de 1980, e a universidade aparentemente o perdeu de vista, disse Jacqueline. Isso mudou no ano passado quando Matt Ripa, professor e gerente de operações da escola de teatro, estava limpando a sala em preparação para reformas e encontrou a sacola.
— Eu vi o vestido xadrez azul e branco. E soube exatamente do que se tratava — disse Ripa.