Logo Folha de Pernambuco
PATRIMÔNIO

Vivências Naná: Maracatus nação de Pernambuco recebem formação inédita neste fim de semana

O projeto integra o trabalho de conservação do acervo pessoal do músico, que está em processo de restauro e catalogação no Muafro

Equipe de conservação do acervo de Naná VasconcelosEquipe de conservação do acervo de Naná Vasconcelos - Foto: Ricardo Labastier/Divulgação

Neste sábado (12), os representantes dos maracatus de baque virado de Pernambuco irão receber uma formação inédita na área de preservação patrimonial. É o pontapé inicial do projeto Vivências Naná – dedicado ao percussionista Naná Vasconcelos (1944-2016) –,  ligado ao trabalho de preservação do acervo do músico.

O encontro – promovido em articulação com a Amanpe (Associação das Nações de Maracatus de Pernambuco) acontece no Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro (Muafro), no Bairro do Recife, e será o primeiro de um ciclo formativo que tem como objetivo fortalecer a preservação dos acervos culturais dos grupos tradicionais de maracatu.

Participarão 25 representantes de diferentes nações, que receberão capacitação em temas como educação patrimonial, conservação e cuidados com instrumentos e vestimentas, além de noções de higienização e organização de acervos culturais.

Projeto
Com curadoria e supervisão de Patrícia Vasconcelos, viúva de Naná, e concepção e produção cultural de Amaro Filho, o Vivências Naná integra o trabalho de conservação do acervo pessoal do músico, que está em processo de restauro e catalogação no Muafro, sob responsabilidade da equipe da Arte Sobre Arte Conservação e Restauro, liderada por Débora Assis Mendes.

O projeto prevê mais dois encontros: o segundo, dedicado a músicos, percussionistas e interessados na preservação do patrimônio imaterial; o terceiro, voltado a pesquisadores, estudantes e profissionais ligados à cátedra de Naná Vasconcelos na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

“A proposta do Vivências Naná é ampliar o alcance do legado de Naná Vasconcelos, promovendo formações que não apenas preservem sua memória, mas também fortaleçam os saberes e fazeres da cultura popular pernambucana. Queremos que os grupos se sintam protagonistas desse processo e tenham as ferramentas para cuidar da sua própria história”, afirma o produtor cultural Amaro Filho.

O projeto é financiado por emenda parlamentar do deputado estadual João Paulo (PT), com execução da Fadurpe (Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional) e apoio da Fundarpe e do Governo de Pernambuco.
 

Veja também

Newsletter