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Zeca Pagodinho é um dos "Reis do Samba" deste sábado (30), no Memorial Arcoverde

Além do sambista carioca, Diogo Nogueira, Jorge Aragão e Fundo de Quintal são atrações da noite dedicada ao ritmo

Zeca Pagodinho é um dos "Reis do Samba", neste sábado (30) no Memorial ArcoverdeZeca Pagodinho é um dos "Reis do Samba", neste sábado (30) no Memorial Arcoverde - Foto: Guto Costa

“Vai como tem que ir, já tá pronto, não tem ensaio não” soaria bem como versos de um batuque, em partido-alto talvez. Mas como resposta e em tom de quem se deixa levar pela vida há pouco mais de seis décadas e pelo samba há pelo menos metade desse tempo, também ecoam bem-vindos.

E será assim, tomado por lampejos espontâneos, que Zeca Pagodinho subirá ao palco do Memorial Arcoverde, em Olinda, neste sábado (30), como um dos “Reis do Samba”, em uma maratona dedicada ao ritmo que contará também com Diogo Nogueira, Jorge Aragão e Fundo de Quintal – bambas que vão mesclar entre canções conhecidas do público e repertórios pensados especialmente para a apresentação no Recife.

Já o “bamba de Xerém” retorna com a turnê “Mais Feliz”, homônima ao álbum lançado em 2019 pela Zeca Pagodiscos/Universal Music e que, impossibilitado de percorrer o País por causa da pandemia da Covid-19, está em reestreia. 
 

Mais feliz e de volta
“É um show que tinha parado, o ‘Mais Feliz’ é um disco muito bom que não chegou a ser trabalhado, estamos voltando com ele”, contou Zeca, em conversa com a Folha de Pernambuco para falar, inclusive, sobre sua preocupação com a Covid-19, doença que lhe acometeu em 2021 e o levou para o hospital.

“O coração ainda acelera um pouquinho por tudo que passamos, há preocupação, mas estamos fazendo as coisas direitinho e a saudade do palco é grande”, complementou ele, que finalizou o assunto “pandemia” falando sobre o seu “Xerenzinho”. “O que me salvou naquele período foi ter ficado ali no meu quintal.”

De Cartola e Vinicius de Moraes
Zeca sobe ao palco às 22h e embarca no set list com repertório do disco – o 24º solo de sua carreira, cuja assinatura da produção musical nas 14 faixas foi de Rildo Hora. Entre as boas-novas ele vem com “O Sol Nascerá”, canção de Cartola e de Elton Medeiros, que em “Mais Feliz” ganhou a interpretação de Zeca e de Teresa Cristina, e “Apelo”, de Vinicius de Moraes e para o álbum foi interpretada em dose tripla pelo artista carioca e por Hamilton de Holanda e Yamandu Costa.

Os clássicos irretocáveis de sempre, “Deixa a Vida me Levar”, “Vai Vadiar” e “Verdade” também integram o acervo luxuoso da apresentação de um dos maiorais da Música Popular Brasileira e que, ao falar sobre o futuro, sem delongas, inclui os netos que estão por vir como seu desejo de felicidade. “O futuro... aí é com Deus, né? Mas vou ser avô mais duas vezes, e vou seguindo a minha vida, como sempre.”

Trinca de ouro
Vai ficar a cargo do cantor e compositor carioca Jorge Aragão abrir a noite de samba, às 20h, e com clássicos aclamados como “Papel de Pão” e “Moleque Atrevido”.

Já Diogo Nogueira sobe ao palco à meia-noite e traz para o show o projeto “Samba de Verão” – composto pela trilogia audiovisual dos álbuns: “Sol”, “Ceú” e “Lua”. Para o set list, inéditas como “Ouro da Mina”, “Cadê?” e “Bota pra Tocar Tim Maia”, além de hits como “Andança” e Pé na Areia” e, claro, “Flor de Caña”, composta por ele, Cauique e Rodrigo Leite, e dedicada à amada Paola Oliveira.

Já os veteranos cariocas do Fundo de Quintal fecham à noite às 2h da madrugada. Com quase cinco décadas de história no samba, o quinteto – que segue com Bira Presidente, 84 anos, e Sereno, 81 anos, como únicos remanescentes do que outrora foi o grupo dos idos anos de 1970 – leva para o palco “O Show Tem que Continuar”, “Doce Refúgio” e “Hoje eu Vou Pagodear”, entre outros.

Serviço
“Os Reis do Samba”, com Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Diogo Nogueira e Fundo de Quintal

Sábado (30), a partir das 20h, no Memorial Arcoverde, Olinda

Ingressos a partir de R$ 80 (área vip), à venda no site Bilheteria Digital e Lojas Esposende dos Shoppings

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