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Zumbis cultuados no cinema, livros e games

Das entidades do gênero de horror, os zumbis se mantêm em alta, estando mais presentes do que nunca entre os fãs

Decreto assinado pelo governador Paulo Câmara na manhã desta sexta-feira, instituindo o Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros Intermunicipal ComplementarDecreto assinado pelo governador Paulo Câmara na manhã desta sexta-feira, instituindo o Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros Intermunicipal Complementar - Foto: Heudes Regis

 

Quem já se deparou com um zumbi na tela do cinema, na TV, na literatura ou mesmo no videogame sabe: quando você pensa que ele se foi, sempre aparece mais um. E nos últimos anos parece que os mortos-vivos estão mais presentes do que nunca. Em cartaz no cinema, o sul-coreano “Invasão Zumbi” é o mais recente integrante do conjunto.

Na trama, um pai recém-divorciado e sua filha tentam acertar os ponteiros enquanto ele a leva para a casa da mãe, de trem, em Busan. Atrapalha um pouco o fato de vários vagões estarem lotados de zumbis esfomeados e de a maioria das cidades terem se transformado em palco de guerra.

Com o título original “Busanhaeng”, o filme arrancou elogios no Festival de Cannes, onde foi exibido fora de competição e saiu com uma menção especial. Algo nunca alcançado nem pelo “pai de todos”, George Romero, que lançou a moda zumbi em 1968, com “A Noite dos Mortos-Vivos”. Romero criou praticamente todas as características dos zumbis como conhecemos atualmente, do jeito cambaleante de andar ao aspecto cadavérico, passando pela fome pela carne humana.

O diretor voltou ao subgênero muitas vezes, sempre usando o morto-vivo como uma metáfora para questões sociopolíticas, como o belicismo, doenças epidêmicas ou até o consumismo.

Foram necessárias outras mídias para mostrar a força do morto-vivo na tela grande, como a literatura e os videogames. Lançada em 2003, a HQ “The Walking Dead”, de Robert Kirkman, logo se tornou sucesso e originou a série de TV homônima, criada em 2010 com a chancela de Frank Darabont, de “Um Sonho de Liberdade” (1994).

Outro nome importante para a “revolução zumbi” era mais improvável: Max Brooks. Filho do ator e cineasta Mel Brooks e da atriz Anne Bancroft, Max é autor de literatura fantástica e lançou, em 2003, o cômico “O Guia de Sobrevivência a Zumbis”. O lado apocalíptico ele guardou para “Guerra Mundial Z - Uma História Oral da Guerra dos Zumbis” (ambos publicados pela Rocco).

Some-se à literatura o estrondoso sucesso do videogame “Resident Evil” e voilà. O cinema estava pronto para retomar o controle. “Guerra Mundial Z” ganhou status de superprodução em Hollywood, estrelada por Brad Pitt. Alcançou a marca de US$ 202,3 milhões só nos EUA e garantiu uma sequência, que deve ser lançada em junho de 2017.

Enquanto isso, várias produções com tom cômico beberam na fonte do “Guia de Sobrevivência”, como “Zumbilândia”, com Jesse Eisenberg e Emma Stone.

Já “Resident Evil”, levado ao cinema pela primeira vez em 2002, ganhou cinco continuações, todas com Milla Jovovich -”O Capítulo Final” chega em janeiro de 2017 ao Brasil.

George Romero preferiu ficar à margem da “revolução zumbi” do cinema. O diretor de 76 anos chegou a ser convidado por Darabont para comandar episódios de “Walking Dead” na TV, mas declinou.

Em entrevista recente, disse que aprecia muito os trabalhos de Darabont, mas que os zumbis da série não eram os seus. Para o veterano, são desprovidos de crítica social, estão lá apenas pela carnificina.

E “Invasão Zumbi”? Visto na Coreia do Sul como uma alegoria da situação política (a presidente foi afastada recentemente), o filme já teve seus direitos vendidos e terá um remake americano. Os mortos-vivos devem continuar na área por algum tempo.

 

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