Economia

13º injetará R$ 6,2 bilhões na economia de Pernambuco

Gratificação natalina, que começa a ser paga em 30 de novembro, deve injetar R$ 211,2 bilhões na economia do País

Comércio no Recife Comércio no Recife  - Foto: Arquivo/Folha de Pernambuco

Esperado por muitos trabalhadores, seja para pagar dívidas ou para efetuar as tradicionais compras de fim de ano, o 13º salário promete aquecer a economia brasileira. É que, de acordo com projeção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a gratificação natalina, que começa a ser paga no dia 30 de novembro, deve injetar R$ 211,2 bilhões na economia brasileira. Em Pernambuco, a estimativa do departamento é que cerca de R$ 6,2 bilhões deverão ingressar na economia local por meio do pagamento de 3.176.353 indivíduos, entre trabalhadores, aposentados e pensionistas do Estado.

“Essa injeção do dinheiro do 13º salário na economia é o que torna o Natal a data mais importante para o varejo em termos de vendas. A população beneficiada pelo direito, empregados do setor formal, trabalhadores domésticos, servidores, além de aposentados e pensionistas, aumenta o poder de compra, gerando incentivos para um consumo em maior proporção”, avalia o economista da Fecomércio em Pernambuco, Rafael Ramos.
  
Para atender esse tremendo estímulo ao consumo, o economista atenta que os empresários devem se preparar, mas com cautela. “É importante que os setores estimem bem a demanda de cada produto para não ter prejuízo no início do ano ou ter que recorrer às liquidações para desovar o estoque, já que a estratégia reduz a margem de lucro dos produtos, apesar de gerar volume”, ressalta o economista.

No comércio do Recife, a estimativa do valor que a gratificação de Natal pode movimentar é um incentivo para o setor, que segundo a Câmara de Dirigentes Lojista (CDL-Recife), deve fechar 2018 com volume de vendas bem superior ao de 2017. “No ano passado, estimamos alta de 3% e 4%, e ficamos dentro dessa margem de crescimento. Para este ano, acredito que podemos ultrapassar mais de 5%”, prevê o presidente da CDL-Recife, Cid Lôbo.

De acordo com ele, para ajudar o comércio a conseguir bons resultados, a entidade vai orientar que a partir do dia 18 de novembro, o comércio de rua recifense abra aos domingos. “É importante dar esse incentivo para os consumidores terem mais tempo e calma para fazerem suas compras de o fim do ano, assim como mais uma oportunidade para os lojistas conseguirem bater as metas anuais com a injeção do 13º”, comenta Lôbo.

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Indústria
Segundo o gerente do Núcleo de Economia e Negócios Internacionais da Fiepe, Emiliano Silva, a demanda do setor industrial é antecipada, por isso o setor não sente o impacto direto do 13º na economia. "As produções para o fim do ano são realizadas entre setembro e outubro. No entanto, se analisarmos a sondagem industrial de setembro, que marca 59,3 pontos de demanda, podemos observar que por conta do fim do ano, o setor tem resultado positivo", pontua. Indicadores acima de 50 pontos são positivos.

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