Economia

20% dos shoppings do país oferecem drive-thru e delivery para os clientes

A medida vem como alternativa para gerar receita durante o isolamento social, que mantém shoppings fechados ou afasta clientes dos que já reabriram

Shoppings já começam a sentir o efeito no fluxo de clientesShoppings já começam a sentir o efeito no fluxo de clientes - Foto: Divulgação

Ao menos 113 shopping centers (o equivalente a 20%) do país já adotaram o drive-thru como alternativa para as vendas. Segundo a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), a expectativa é que esse número cresça ainda mais conforme a aproximação do Dia das Mães, em 10 de maio.

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A medida vem como alternativa para gerar receita durante o isolamento social, que mantém shoppings fechados ou afasta clientes dos que já reabriram. Ainda segundo a associação, a perda de faturamento nos shoppings, desde o início do isolamento em meados de março, chaga a R$ 25 bilhões.

"Os 577 shopping centers do Brasil tiveram que fechar as portas por decretos estaduais e municipais, e alternativas, como o drive-thru, foram essenciais para fazer com que o lojista venda e consiga se manter vivo depois dessa crise", disse o presidente da Abrasce, Glauco Humai.

Além do drive-thru muitos lojistas adotaram o delivery para seus clientes, tanto por aplicativos de entrega como com pedidos feitos por um número de Whatsapp das companhias. Os shoppings Cidade São Paulo e Iguatemi, em São Paulo, Barra Shopping, no Rio de Janeiro e BH Shopping, em Minas Gerais são exemplos de estabelecimentos que já aderiram.

O vice-presidente institucional da Multiplan (empresa que administra shoppings), Vander Giordano, afirma que os clientes têm aderido às novidades. Segundo ele, pedidos online por meio da Delivery Center –plataforma que permite que as lojas atuem como centrais de entrega e-commerce– subiram 65% na primeira quinzena de abril ante igual período de março.

"Esperamos um aumento na demanda para maio também. Esses modelos foram adotados para minimizar os impactos da quarentena. O setor não vem recebendo apoio econômico suficiente dos governos e temos que ajudar os lojistas nesse momento, mas esse fôlego adicional tem limites", disse Giordano. Segundo Humai, os novos modelos não conseguem melhorar o Dia das Mães. "As vendas ainda serão muito tímidas perto do volume total e não serão suficientes para compensar as perdas do setor até agora", afirmou.

O movimento tem sido baixo nas dezenas de shoppings que já reabriram. De acordo com o presidente da Abrasce, pelo menos 66 shopping centers, em 41 municípios, estão operando. A estimativa, segundo o executivo é de que outros 20 abram as portas nos próximos dez dias. "Alguns ainda funcionam apenas parcialmente, mas, na maioria, as únicas coisas fechadas são teatros, cinemas e operações para crianças. As lojas e serviços em si já começam a funcionar normalmente", afirmou Humai.

De acordo com o presidente da Abrasce, critérios de segurança e higienização foram aderidos nesses estabelecimentos, mas o movimento de clientes ainda é muito baixo e deve demorar a retomar. "Ainda existe um receio muito grande entre os consumidores e estamos acompanhando esse processo. Mas ainda vamos demorar no mínimo três meses para que a população volte à rotina de frequentar o shopping para lazer e diversão", afirmou Humai.

Segundo Giordano, da Multiplan, a reabertura gradual dessas estruturas pode trazer a reavaliação do drive-thru, mas ainda é difícil precisar quando haverá a suspensão desse formato. "Seguiremos dando suporte aos lojistas e ajudando a reduzir os impactos da quarentena. O comércio varejista está sofrendo duramente", disse.

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