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Acordos comerciais

Acordos entre Brasil e China beneficiam PE

Produtos do agronegócio e de bioenergia são ponto forte na parceria comercial

João Paulo cumpriu agenda em Afogados, nesta sexta-feira (30)João Paulo cumpriu agenda em Afogados, nesta sexta-feira (30) - Foto: Clemilson Campos/Folha de Pernambuco

Grande protagonista do comércio exterior mun­dial, a China, além de ser um forte exportador de itens manufaturados, também representa um enorme mercado potencial para os produtos brasileiros, com seu efervescente mercado de 1,3 bilhão de habitantes. Atu­al­mente, contudo, na pauta de exportações pernambuca­nas, o gigante asiático desem­penha predominantemente um papel de fonte de importações - foram US$ 104,7 milhões enviados de ja­neiro a maio deste ano e ape­nas US$ 3,6 milhões em exportações no período. A recente aproximação dos governos brasileiro e chinês, ratificada em acordos de investimento e cooperação, oferece uma perspectiva de ampliação das relações comerciais, inclusive para Pernambuco.

Aqui, os chineses já mantêm investimentos importantes, entre eles a fábrica da Shineray, em Suape, que produz 250 mil motocicletas por ano e recebeu investimentos de R$ 130 milhões. O Estado também abriga o primeiro Consulado Geral da República da China no Nordeste. “E­xiste um mercado de comércio internacional grande a ser explorado, em um sentido mais amplo do que a simples troca de produtos. Os interesses do Brasil com a China, e consequentemente de Pernambuco, também são no sen­tido de trazer investimentos para cá, ou seja, o beneficiamento de produtos pode ser feito aqui com capital chinês”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado e presidente de Suape, Thiago Norões.

A dinâmica econômica da China é extremamente atrativa para o Estado, avaliou o vice-presidente da Federação da Indústria do Estado (Fiepe), responsável pela área internacional e também presidente do Sindaçúcar, Renato Cunha. “É um país que cresce 7% ao ano e cuja parceria com Pernambuco tende a se fortalecer, sobretudo com a exportação de produtos do agronegócio e de bioenergia, por parte do Brasil”, avaliou.

Cunha explica que Pernambuco tem um perfil mais importador. Este ano, a proporção de exportações/importações para a China está em 2,6%, enquanto em 2015 fechou em 37,4%. “Por ano são exportados US$ 1 bilhão contra US$ 5 bilhões importados”, quantificou.

“Porém, Pernambuco é um forte produtor de frutas tropicais e sua indústria tem um nível de diversificação alto e uma base industrial que pode responder às demandas externas”, completou.

Em volume financeiro, o principal produto exportado por Pernambuco para a China, este ano, até agosto, foi o granito, com US$ 3,1 milhões. Em segundo lugar estão os sucos, seguidos por peles curtidas de ovinos.

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