Ao lado do governador do Amazonas, Haddad defende regime diferenciado para zona franca até 2073
Wilson Lima também pediu a criação de um fundo de compensação para a região
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu na manhã desta quarta-feira (4) com o governador do Amazonas, Wilson Lima, para discutir a Reforma Tributária e defendeu a manutenção de um regime diferenciado para zona franca de Manaus até 2073. Para o ministro, o tratamento especial à região na proposta é uma forma de garantir sua sustentabilidade.
"Recebi uma série de sugestões para serem incorporadas ao relatório (em discussão na Câmara). Da nossa parte, há simpatia para tratar da zona franca com maior atenção, com esse projeto que garante a sustentabilidade da região. Queremos a sua manutenção, pelo menos, até 2073. Da parte do governo federal, a região tem um futuro promissor" disse o ministro.
Sem o tratamento diferenciado à região, segundo Haddad, haverá muita dificuldade em atingir as metas de preservação ambiental, que o Brasil já está comprometido. Ele lembra, por exemplo, da pressão ambiental da União Europeia sobre o acordo comercial com os países do Mercosul.
Em seguida, o governador Wilson Lima afirmou "reconhecer" o esforço do governo federal para que a região continue a receber tratamento tributário diferenciado.
Leia também
• Lira diz trabalhar para aprovar PL do Carf, regra fiscal e reforma tributária até sexta-feira (7)
• Lira diz que está convencido em consenso para votar reforma tributária até sexta-feira (7)
• Reforma Tributária: relator indica ajustes no texto; estados falam em esforço para votar proposta
"Reconhecemos o empenho do governo Federal. O governo do Amazonas apoio a reforma e precisamos seguir na simplificação tributária. A reforma ainda nos causa preocupação, mas que o modelo da zona franca posso ser mantida. Ela representa 70% da nossa atividade econômica."
O governador também defendeu a criação de um fundo de compensação para a região.
"Apresentamos também a questão do fundo que possa fazer a compensação. O Ministério da Fazenda está fazendo esse desejo. O que estamos pedindo é um tratamento desigual para os estados desiguais."