Economia

Banco Central vê sinais de melhora no Estado de Pernambuco

Boletim apresentado pelo Banco Central aponta uma tendência positiva para a geração de emprego e evolução do PIB em Pernambuco

Maciel explica que na região Nordeste a retomada é mais lentaMaciel explica que na região Nordeste a retomada é mais lenta - Foto: Léo Malafaia/Folha de Pernambuco

Pernambuco registrou em 2019 um aumento de 0,8% na geração de empregos formais, totalizando 6.857 novas contratações. Apesar do resultado, o crescimento registrado no Estado ficou abaixo das médias nacional (1,7%) e regional (1,2%). O levantamento integra o Boletim Regional do Banco Central, apresentado nesta terça-feira (18) na sede da instituição no Recife. O resultado do ano passado representa uma evolução, pois em 2018 foi registrado um saldo negativo de 3.040 vagas em Pernambuco.

Os setores que registraram resultados positivos em 2019 foram os de serviços, com 5.413 novas contratações, agropecuária (3.107) e comércio (2.247). Por outro lado, o setor da indústria de transformação foi responsável por uma perda de 3.151 vagas, seguida da construção civil, com uma redução de 246. Além disso, em Suape foram encerrados 4,4 mil vínculos empregatícios, fruto do encerramento das atividades da produção do Estaleiro Atlântico Sul.

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A taxa de desocupação, medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e que inclui empregos formais e informais, segue em tendência de queda desde meados de 2017, baseado no crescente número de trabalhadores informais em Pernambuco, atingindo 15,6% da população.

Ainda de acordo com o boletim, Pernambuco demonstra resultados positivos e que apontam para uma recuperação. Desde 2016 o estado garante uma expansão do PIB superior ao índice nacional. Em 2019, o Brasil apresentou um crescimento de 1%, enquanto Pernambuco cresceu 1,1%. A carteira de crédito pernambucana teve aumento de 3,4% no trimestre encerrado em novembro, comparado ao anterior, apresentando o melhor resultado desde 2014.

Região
O Nordeste é a região com a maior taxa de desemprego ao fim de 2019, somando 13,6%, em comparação aos 11% da taxa nacional. Apesar de ser o menor valor desde o primeiro trimestre de 2018, os impactos são negativos. A região apresenta uma tendência declinante no setor industrial, com -3,1% em 2019. Além disso, nos últimos cinco anos, o Nordeste apresentou uma variação do PIB inferior ao desempenho nacional, com uma queda de 0,2% em 2018 e um crescimento de 0,7% em 2019.

“Se a gente observar esse comportamento regional, uma boa parte é explicada pela retomada do mercado de trabalho mais lenta no Nordeste do que no resto do País. Isso se deve um pouco à dinâmica da indústria e do setor de serviços. Então, se agregando menos trabalhadores no mercado, isso significa uma massa salarial crescendo num ritmo mais lento e com desdobramentos, claro, na economia nordestina”, comenta Tulio Maciel, Chefe do Departamento Econômico do Banco Central.

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