Mercado Financeiro

Bolsa sobe com recuperação chinesa, atividade econômica brasileira e aprovação de vacinas

O índice foi impulsionado pela aprovação para o uso emergencial no Brasil das vacinas Coronavac e Oxford/AstraZeneca

IbovespaIbovespa - Foto: Nelson Almeida/AFP

A Bolsa brasileira fechou em alta nesta segunda-feira (18) e recuperou parte das perdas do último pregão. O Ibovespa subiu 0,74%, a 121.241 pontos, após ceder 2,5% na sexta (15), em dia de vencimento de opções sobre ações.
O índice foi impulsionado por dados melhores do que o esperado pelo mercado divulgados nesta segunda e pela aprovação para o uso emergencial no Brasil das vacinas Coronavac e Oxford/AstraZeneca no domingo (17). Em São Paulo, a vacinação de profissionais de saúde já começou, antes da previsão inicial do governo estadual, que seria no dia 25 de janeiro.

"A Bolsa ficou otimista com a vacinação ter chegado mais rápido do que o precificado anteriormente", diz Eliseu Hernandez D'oliveira, sócio da BlueTrade. Ele também cita o PIB (Produto Interno Bruto) da China, que cresceu em 6,5% no quarto trimestre de 2020 como outro fator positivo. O país cresceu em ritmo superior ao de antes da pandemia e acima dos 6,2% projetados pelo mercado, segundo a Bloomberg.

O índice chinês CSI 300, que reúne as maiores empresas das Bolsas de Xangai e Shenzhen, subiu 1,11%. Hong Kong teve alta de 1%, e Tóquio caiu 1%. Nos Estados Unidos, os mercados permaneceram fechados pelo feriado que celebra Martin Luther King Jr, líder do movimento dos direitos civis.


No Brasil, a Weg, que fornece para a China, saltou 7%. A empresa também se beneficia do contrato com a OXE Energia para o fornecimento de quatro conjuntos completos de turbo-geradores para quatro usinas termelétricas em Roraima.
No Brasil, o dado positivo ficou por conta do IBC-Br, indicador de atividade econômica do Banco Central. Ele cresceu 0,59% em novembro, em ritmo menor do que o observado nos meses anteriores, mas acima do projetado por economistas ouvidos pela Bloomberg, que esperavam alta de 0,50%.

"O IBC-Br ligeiramente mais elevado do que o esperado pelo mercado também trouxe a ideia de que o final do ano teria sido melhor para economia do que a previsão dos economistas", diz D'Oliveira. Uma das maiores altas da sessão, ao lado de Weg, foi do BTG Pactual, que valorizou-se 3,97%, tendo no horizonte precificação de oferta primária na quinta-feira (21).

Fora do Ibovespa, Movida subiu 5,74% com assinatura de acordo para a compra da empresa de gestão e terceirização de frota Vox em negócio avaliado em R$ 89 milhões. Hapvida teve alta de 3,64%, tendo de pano de fundo recomendações de bancos para compra da ação da Rede D'Or São Luiz, citando entre os fatores perspectivas de consolidação no setor de hospitais. Notre-Dame Intermédica subiu 3,66%. Mais cedo no mês, Hapvida fez oferta para comprar a Intermédica.

Equatorial e Energisa caíram 2,14% e 1,55%, respectivamente, com o setor elétrico entre as maiores quedas. A Aneel tirou de pauta da reunião de terça o item que discutiria como distribuidoras devem devolver a consumidores valores pagos a mais em PIS e Cofins na conta de luz nos últimos anos. O índice do setor recuou 1,21% na B3.

Já o Carrefour perdeu 1,43%, seguindo o viés da ação do seu controlador francês, após a Couche-Tard desistir de oferta de 16,2 bilhões de euros pelo grupo Carrefour depois que o governo da França se opor ao negócio, citando preocupações com a segurança alimentar. As ações do Carrefour francês na Bolsa de Paris fecharam em queda de 6,9%. A Bolsa de Paris teve leve alta de 0,1%. Londres caiu 0,22%. O dólar, por sua vez, teve leve alta de 0,07%, a R$ 5,3050. O turismo está a R$ 5,457.

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