Economia

Brasil precisa qualificar 13 milhões de trabalhadores, diz Senai

Essa é a projeção da demanda da indústria para os próximos quatro anos, a partir de 2017

O Melhor Verão de Nossas VidasO Melhor Verão de Nossas Vidas - Foto: Reprodução/Divulgação

 

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vem afirmando que a prioridade do Governo Federal e de todos deve ser fazer o País voltar a crescer e a criar empregos. Mas para isso, conhecer as necessidades do mercado é fundamental. Diante dessa realidade, o Senai divulgou seu Mapa do Trabalho Industrial, uma projeção da demanda da indústria para os próximos quatro anos, a partir de 2017. Nele, a constatação é a de que, no Brasil, cerca de 13 milhões de trabalhadores devem ser devidamente qualificados.

Entre as áreas que mais vão demandar formação profissional estão construção, meio ambiente e produção, metalmecânica, alimentos, vestuário e calçados, tecnologias da informação e comunicação, energia, veículos, petroquímica e química, madeira e móveis, entre outros. O processo inclui a requalificação de profissionais que já estão empregados e aqueles que precisam de capacitação. “O profissional qualificado tem mais chance de manter o emprego e também de conseguir uma nova vaga quando a economia voltar a crescer e as empresas retomarem as contratações”, afirma o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi.

Na análise do economista Jorge Jatobá, esse mapeamento serve de alerta tanto para quem está no mercado e precisa se reciclar, quanto para o jovem nesse período de retomada das contratações. “As pessoas têm que estar atentas às ofertas de vagas de qualificação profissional para não ficarem de fora do mercado quando a economia voltar a girar”, atenta o especialista.

Reciclagem
O secretário estadual da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação, Alexandre Valença, destaca que tão importante quanto qualificar é reciclar. “Nesta semana, por exemplo, lançamos, em Suape, o programa Fortalece Talentos. Na nossa visão, não adianta qualificar novos talentos se você não investe no que já tem”, ressalta. Já o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE), Gustavo Miranda, é pouco otimista com relação à projeção traçada.

“Nós já temos hoje pessoal capacitado, que são pessoas que estavam trabalhando, mas, devido ao cenário econômico dos últimos dois anos, tivemos que demitir. Não precisamos capacitar, precisamos é criar oportunidade de trabalho”, enfatiza o sindicalista.

 

Veja também

Governo publica medida provisória que prorroga Desenrola até 20 de maio
DÍVIDAS

Governo publica medida provisória que prorroga Desenrola até 20 de maio

País cria 306.111 vagas com carteira assinada em fevereiro, diz Caged
BRASIL

País cria 306.111 vagas com carteira assinada em fevereiro, diz Caged

Newsletter