Economia

Cade aprova venda da Petroquímica Suape

O empreendimento será vendido junto com a Citepe para um grupo mexicano por US% 385 milhões

Petroquímica Suape (foto) e Citepe serão vendidas por R$ 1,2 biPetroquímica Suape (foto) e Citepe serão vendidas por R$ 1,2 bi - Foto: Arthur mota/arquivo folha

A venda da Companhia Petroquímica de Pernambuco (PetroquímicaSuape) e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nesta quarta-feira (7). Segundo a Petrobras, as companhias, situadas no Complexo Industrial e Portuário de Suape, serão vendidas ao grupo mexicano Alpek por US$ 385 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão). O valor, no entanto, é bem menor que o investido pela estatal no Polo Petroquímico do Estado: US$ 9 bilhões.

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A autorização do Cade foi anunciada depois de sete meses de estudo dentro do Conselho e está condicionada à realização de um Acordo de Controle em Concentração (ACC). É que, sem isso, a operação poderia gerar um monopólio da produção de filamento de poliéster texturizado no Brasil. “A operação foi aprovada condicionada à celebração de um ACC para garantir à M&G (M&G Polímeros) que ela tivesse as mesmas condições de preços e quantidades que a sua única competidora de resina PET, que é a CITEPE”, informou, em nota o Cade.

Segundo a Petrobras, o acordo aprovado foi proposto pela empresa Alpek. E o Cade confirmou que o grupo mexicano se comprometeu a vender matéria-prima à M&G pelo tempo necessário para a resolução desse impasse. A decisão do Cade ainda será publicada no Diário Oficial da União conforme prazo regimental do Cade.

Negociação
A venda da Companhia Petroquímica de Pernambuco (PetroquímicaSuape) e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) foi anunciada pela Petrobras em julho de 2016. Porém, além do Cade, precisou enfrentar uma batalha judicial para poder ser viabilizada. É que o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação e Tecelagem de Ipojuca (Sindtextil-Ipojuca) acionou a Justiça em dezembro 2016 por entender que o valor da negociação era inferior aos investimentos realizados pela estatal no Polo Petroquímico de Pernambuco – cerca de R$ 9 bilhões, mas o Tribunal Regional Federal da 5ª Região entendeu que a venda poderia ser realizada.

Agora, segundo a Petrobras, a transação ainda está sujeita ao cumprimento de outras condições precedentes usuais. Mas a estatal já informou que “o valor de US$ 385 milhões, sujeito a ajustes de capital de giro, dívida líquida e impostos a recuperar, será pago pela Alpek à Petrobras na data do fechamento da operação”. Os recursos vão compor o plano de desinvestimento da Petrobras, que busca reduzir o endividamento da estatal e também prevê a venda da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

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