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Caixa aporta R$ 63 bi e política industrial alcança R$ 405,7 bi em financiamento, diz Planalto

Informação foi divulgada nesta quarta-feira, quando o Executivo faz um evento no Palácio do Planalto para promover as ações relativas à missão 3 da NIB

Caixa Econômica FederalCaixa Econômica Federal - Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Com a entrada da Caixa Econômica Federal, subiu para R$ 405,7 bilhões o total de recursos disponíveis para linhas de crédito do Plano Mais Produção, que integra a Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial do governo Lula.

Segundo o Planalto, a Caixa aportou R$ 63 bilhões para o programa, que já contava com crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Finep, Banco do Nordeste (BNB), Banco da Amazônia (Basa) e Embrapii. 

O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou em agosto que mais bancos públicos, como a Caixa, se preparavam para aportar recursos no Plano Mais Produção.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira, quando o Executivo faz um evento no Palácio do Planalto para promover as ações relativas à missão 3 da NIB, relativa à mobilidade verde e cidades sustentáveis.

De acordo com o governo, são R$ 1,6 trilhão em projetos ligados a essa missão, que tem como objetivo "melhorar a qualidade de vida nas cidades, integrando mobilidade sustentável, moradia, infraestrutura e saneamento básico". A maior parte desses recursos, 75%, provém da iniciativa privada.

Dos recursos públicos, R$ 113,7 bilhões vêm das linhas de crédito e subvenções do Plano Mais Produção, sendo R$ 48,6 bi já destinados a projetos afins, desde 2023, e outros R$ 65,1 bi disponíveis até 2026.

Também entram na conta para a missão 3 outros R$ 492,4 bilhões da Caixa, do Banco do Nordeste (BNB) e do BNDES destinados a obras do PAC e do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).

De acordo com o Planalto, entre os anúncios da iniciativa privada, a WEG informou que dará início a um ciclo de investimentos para produzir baterias elétricas em larga escala no Brasil, com aporte inicial de R$ 1,8 bilhão.

"Assim, a WEG soma-se a outras empresas que já operam no país com essa perspectiva, como a BorgWarner, que desenvolve baterias para ônibus elétricos em sua unidade de Piracicaba (SP)", disse o governo.

Também há expectativa de que, durante a cerimônia desta quarta-feira, a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB) anuncie investimentos de R$ 833 bilhões no País.

Já a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) aportará outros R$ 222,5 bilhões e a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção, R$ 1,6 bilhão, totalizando R$ 1,05 trilhão nas áreas de moradia, infraestrutura e saneamento até 2029.

A maior parte dos recursos será destinada a obras de mobilidade urbana, saneamento, aeroportos, ferrovias, rodovias e portos, entre outros.

Na cerimônia, a Finep assinará oito contratos de subvenção e dois de crédito direto para desenvolvimento de novas tecnologias, no valor total de R$ 157 milhões. Destes, quase R$ 10 milhões irão para o projeto de um "barco voador", veículo capaz de voar sobre a lâmina dos rios.

Dentre as metas definidas para a missão 3 da NIB está alcançar, até 2026, ao menos 3% dos veículos eletrificados brasileiros circulando com baterias nacionais. A meta é chegar a 33% até 2033.

Outro objetivo é entregar, até 2026, dois milhões de moradias no MCMV, das quais 500 mil serão equipadas com painéis solares. E, até 2033, 6,9 milhões de casas, sendo 1,4 milhão com painéis fotovoltaicos.

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