Economia

Caixa não subirá juros de financiamento imobiliário mesmo com alta da Selic, diz Guimarães

As taxas indexadas, que são corrigidas por algum indicador, permanecerão com o mesmo valor fixo, mas poderão subir de acordo com o índice

Presidente da Caixa, Pedro GuimarãesPresidente da Caixa, Pedro Guimarães - Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, afirmou que a instituição não subirá as taxas de juros de financiamentos imobiliários mesmo com a elevação da taxa básica (Selic) em 0,75 ponto percentual, a 2,75% ao ano.

O executivo explicou que a modalidade com taxa fixa leva em consideração a curva longa de juros e não a de curto prazo, que é a Selic. As taxas indexadas, que são corrigidas por algum indicador, permanecerão com o mesmo valor fixo, mas poderão subir de acordo com o índice.

"A vida média de crédito imobiliário da Caixa fica em torno de 8 anos. A decisão do Banco Central reduziu um pouco o câmbio e segurou as expectativas das taxas mais longas. Só vamos elevar os juros se houver expectativa de taxas longas superiores às atuais", assegurou em evento virtual promovido pelo InfoMoney nesta sexta-feira (9).
 


A Caixa tem quatro modalidades de crédito imobiliário: a pré-fixada, de no mínimo 8,5% (que não será alterada), e as pós-fixadas corrigidas pela poupança, pela inflação ou pela TR (Taxa Referencial). As pós-fixadas possuem uma parte fixa acrescida da correção atrelada aos indicadores.

"A que é corrigida pela poupança é diretamente influenciada pela taxa básica porque a modalidade rende 70% da Selic, quando a taxa básica está abaixo de 8,5%", explicou Guimarães. "Em relação à taxa atrelada pela TR, que hoje está em zero, pode ter uma variação na parte fixa se houver aumento contínuo, mas não estamos discutindo neste momento", disse.
Segundo o presidente da instituição, mesmo com os resultados negativos da poupança nos três primeiros meses do ano, com mais saques que depósitos, não faltarão recursos para o crédito imobiliário.

"Temos aproximadamente R$ 400 bilhões em poupança e R$ 500 bilhões em crédito imobiliário. Como parte da modalidade é feita com recursos do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço], temos uma sobra de cerca de R$ 150 bi. Ainda temos muito espaço para crescer e não faltará fonte de recursos por pelo menos 2 a 3 anos", disse.

Guimarães afirmou que a Caixa teve aumento de 103% no primeiro trimestre do ano na carteira de crédito imobiliário.
Sobre uma possível abertura de capital do braço digital do banco, o Caixa Tem, por onde os beneficiários recebem o auxílio emergencial, o presidente da instituição afirmou que a autorização para a formação do banco digital ainda está sendo analisada pelo BC e que, depois, pretende listá-lo na Nasdaq, em Nova Iorque (Estados Unidos), e na B3, bolsa brasileira.

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