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CEO do Crédit Agricole descarta sair de grupo climático em meio a êxodo de grandes bancos

Grandes bancos dos EUA e do Canadá, incluindo Goldman Sachs, Citi, JPMorgan Chase e Royal Bank of Canada, deixaram o grupo

Cred AgricoleCred Agricole - Foto: Cred Agricole

O CEO do Crédit Agricole, Philippe Brassac, prometeu permanecer membro da maior aliança de financiamento climático do setor bancário, mesmo após os maiores bancos de Wall Street abandonarem o grupo.

— Não estamos questionando nossa participação na Net-Zero Banking Alliance (NZBA) — disse Brassac em uma coletiva de imprensa. — Não há como voltar atrás. A emergência climática nunca foi tão grave, e não é o momento de enviar esse tipo de sinal negativo — acrescentou.

Os comentários ocorrem após um êxodo da NZBA, com bancos dos EUA e do Canadá, incluindo Goldman Sachs, JPMorgan Chase e Royal Bank of Canada, deixando a aliança. Na Europa, os bancos têm sido mais cautelosos em suas respostas.

O CEO do UBS Group AG, Sergio Ermotti, indicou no mês passado que está avaliando se seguirá seus pares americanos ao abandonar o grupo climático.

Os bancos da América do Norte estão se adaptando a uma nova realidade política, já que o presidente dos EUA, Donald Trump, reverte políticas climáticas da era Biden e, em vez disso, promove uma retomada da produção de combustíveis fósseis.

A chegada de Trump à Casa Branca também incentivou o Partido Republicano a intensificar os ataques ao financiamento climático em estados governados pelo partido.

O site da NZBA, grupo que busca reduzir emissões de gases, atualmente lista cerca de 135 bancos membros de mais de 40 países.

Os bancos signatários se comprometem a alinhar as emissões financiadas com "caminhos para a neutralidade de carbono até 2050", no mais tardar.

Eles também precisam estabelecer metas para 2030, demonstrando que estão no caminho certo, e documentar seu progresso.

— A aliança permitiu que esse movimento ganhasse impulso político, mas não foi isso que criou o compromisso dos bancos com essas questões ambientais — disse Brassac na coletiva de imprensa.

A NZBA faz parte da Glasgow Financial Alliance for Net Zero (GFANZ), um grupo que é apoiado pela ONU e engloba outras coalizões do setor financeiro focadas em zerar emissões.

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