coronavírus

Chance de nova onda de Covid é baixíssima, diz Secretário de Guedes

Segundo ele, estudos feitos pela SPE indicam que a chamada imunidade de rebanho já estaria sendo alcançada no país

Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo SachsidaSecretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida - Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

 O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou nesta terça-feira (17) que considera baixíssima a probabilidade de uma nova onda de coronavírus no país.

Segundo ele, estudos feitos pela SPE (Secretaria de Política Econômica) indicam que a chamada imunidade de rebanho já estaria sendo alcançada no país e, com isso, haveria pouca chance de uma nova escalada da pandemia.

"Vários estados já atingiram ou estão próximos de atingir imunidade de rebanho", disse. "Acho baixíssima a probabilidade de segunda onda. Não apenas isso. Acho que os dados que temos mostram algo concreto, que é a força da retomada econômica", afirmou Sachsida.

Questionado, o secretário afirmou que os estudos consideraram como imunidade de rebanho quando 20% da população ficaria contaminada pelo Sars-CoV-2. Mas esse percentual está longe de ser considerado um consenso na comunidade científica.

O projeto Comprova, coalizão que reúne 28 veículos na checagem de conteúdos sobre coronavírus e políticas públicas, verificou há menos de um mês não haver dados que indiquem que o país já teria alcançado os percentuais necessários para uma proteção coletiva capaz de frear o vírus Sars-CoV-2.

De acordo com a reportagem, a imunidade de rebanho é um conceito com origem na proteção proporcionada pelas vacinas, e não naturalmente pelas doenças, segundo o qual a partir de um percentual de pessoas imunizadas, outras ainda suscetíveis à doença e que não se vacinaram também ficariam protegidas, porque o agente deixa de circular.

Cientistas ressaltaram ao Comprova que o novo coronavírus ainda demanda mais estudos. "Não dá pra dizer isso. Nem para o Brasil, nem para outros países. Essa pandemia é muito misteriosa, e sabemos muito pouco sobre esse vírus", afirmou o epidemiologista Fernando Barros ao responder sobre o tema no mês passado.

Sachsida foi questionado se existe um plano a ser acionado no caso de uma nova onda de Covid-19, e afirmou que a pergunta é "hipotética". "Uma vez que cenários de contingência ocorram, é responsabilidade institucional da SPE ter planos de contingência", afirmou.

Em outro momento, ressaltou que o Ministério da Economia não faz estudos na área de Saúde, dizendo que essa função é da pasta comandada pelo ministro Eduardo Pazuello.

A possibilidade de uma nova onda de coronavírus no Brasil é levantada após países como Estados Unidos, França e Alemanha registrarem aumento nos casos de Covid-19 recentemente. Lideranças dessas economias adotaram novas restrições de circulação após um período de relaxamento das medidas para combater o vírus.

Na segunda-feira (16), o Brasil registrou média de mortes nos últimos sete dias de 490, voltando a se aproximar da casa dos 500. A variação foi de +34% em comparação com a média de 14 dias atrás, indicando tendência de alta das mortes.

Os números têm variado bastante nos últimos dias, pois as secretarias estaduais voltaram a atualizar dados que estavam em atraso devido a problemas nos sistemas do Ministério da Saúde.

Em São Paulo, o aumento de casos e de internações por Covid-19 nos hospitais públicos e privados de São Paulo observado nesta semana acendeu o alerta das autoridades de saúde para as confraternizações e festas de fim de ano.

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