Economia

Chuvas reduzem projeção de vendas no comércio do Recife

Estimativa inicial da CDL-Recife era de crescer as vendas entre 2% e 3% o período junino. Porém, com as chuvas e sem consumidor nas ruas, entidade já considera positivo o fato de não ter resultado negativo.

Comércio Comércio  - Foto: Reprodução/Internet

As mais de 60 horas de chuvas que caem com intensidade na Região Metropolitana do Recife (RMR) desde a última quinta tem provocado impactos não apenas sob o ponto de vista humanitário, mas também na economia local. Afinal, sem gente nas ruas por conta das chuvas, o comércio do Recife sente o impacto da falta de consumo. Esse efeito fez com que a Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL-Recife), que tinha projetado um crescimento das vendas com foco no período junino entre 2% e 3%, reveja essa projeção.

“Estávamos até otimistas, mas as intensas chuvas tiram o público da rua e das lojas. Ainda assim, como estamos no meio do jogo, não dá para prever o resultado final. No entanto, diante do cenário, se atingirmos o mesmo patamar do ano passado e não recuarmos, já consideramos uma vitória”, revela o presidente da CDL-Recife, Cid Lôbo.

Ainda segundo ele, mesmo diante das chuvas, o comércio se mostra forte e perseverante. Para tanto, vai abrir normalmente no feriado de Corpus Christi, próxima quinta, assim como no próximo domingo, véspera de São João.

“Junho é o terceiro mês do ano que mais movimenta o comércio, ficando atrás apenas de maio e dezembro. Por isso, manter as lojas abertas nesses domingos resulta em um impulso da atividade comercial, garantindo maior comodidade aos consumidores, atendendo a demanda específica para este mês e, consequentemente, aquecendo a economia local”, argumenta Lôbo.

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De acordo o diretor e consultor da Associação de Lojistas de Shopping de Pernambuco (Aloshop), José Ricardo Galdino, como alternativa para tentar atrair os consumidores para os espaços, os shoppings estão cada vez mais apostando na experiência. “Tem shopping promovendo arraial junino, feiras juninas, tudo para atrair o público inicialmente para uma programação de lazer, que tem as compras como consequência”, diz o diretor, que diante das chuvas, confessa a perda de otimismo. “Estávamos bem otimistas, mas diante do contexto, se vender a mesma coisa do ano passado e não cair, seria maravilhoso”, afirma.

O economista da Fecomércio em Pernambuco, Rafael Ramos, explica que sem a movimentação dos consumidores pelas ruas e shoppings devido às chuvas, as vendas não têm como acompanhar o ritmo esperado e típico do período junino. “O comerciante perde as compras planejadas e as compras por impulso que a população por andar nos centros comerciais poderia realizar”, explica Ramos. Ele argumenta sobre a necessidade de encontrar uma solução para o problema. “Esse problema com as chuvas acontecem praticamente todos os anos. Portanto, é necessário pensar em soluções para minimizar os impactos das chuvas no comércio no período”, ressalta.

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