Economia

Circulação de dinheiro diminui com novo sistema de boletos

Ao permitir que boletos vencidos sejam pagos em qualquer banco, a Nova Plataforma de Cobrança evitou a circulação de R$ 5,1 bi de dinheiro em espécie

Boletos bancáriosBoletos bancários - Foto: Flávio Japa/Folha de Pernambuco

A ferramenta que liberou o pagamento de boletos atrasados em qualquer banco já evitou a circulação de R$ 5,1 bilhões de dinheiro em espécie - dinheiro que seria sacado em um banco para viabilizar o pagamento da conta em outro banco, responsável pela emissão do boleto. A informação é da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que já cadastrou 1,5 bilhões de títulos na Nova Plataforma de Cobrança, implantada no fim do ano passado.

“A economia no uso de dinheiro em espécie foi obtida com 50 milhões de boletos que, no período de dezembro de 2018 a fevereiro deste ano, foram pagos em uma instituição financeira diferente daquela em que foi emitido o boleto”, informou a Febraban, contando que isso representa 65% dos documentos pagos após a data de vencimento nesse período - boletos que, antes da Nova Plataforma de Cobrança entrar em vigor, só poderiam ser quitados no banco que emitiu o boleto, o que exigia o saque e o transporte do dinheiro entre um banco e outro.

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“Além de evitar o inconveniente e os riscos de andar com dinheiro vivo para pagar contas, estima-se que cerca de R$ 450 milhões em fraudes serão eliminadas anualmente com o fim das adulterações nos boletos”, contou o diretor adjunto de operações da Febraban, Walter de Faria. Ele explicou que a Nova Plataforma de Cobrança permite que os bancos brasileiros tenham acesso às informações dos boletos emitidos no País, o que facilita a conferência de dados, evitando pagamentos duplicados e boletos falsos.

Por isso, o sistema ainda facilitou o pagamento de boletos por meios eletrônicos, como o mobile banking. Segundo a Febraban, o número de pagadores eletrônicos, que nem imprimem as contas no meio físico para efetuar o pagamento, cresceu 33%, passando de 900 mil em 2017 para 1,5 milhão em 2018. Com isso, 17% das cobranças emitidas chegaram aos clientes através do Débito Direto Autorizado (DDA), versão eletrônica dos boletos que já conta com 3,4 bilhões de cadastros.

A Nova Plataforma de Cobrança já registrou, então, 6,6 bilhões de operações, que vão desde inclusão e consultas de boletos, a alterações de informações como vencimento e valor e registro do pagamento dos documentos. A tendência é que esse número só aumente, pois, diante do bom desempenho do sistema, a Febraban espera que 6,6 bilhões de boletos sejam emitidos na Nova Plataforma de Cobrança neste ano, gerando 25 bilhões de operações.

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