Economia

Combustível: venda deve aumentar

A nova política de preços que será adotada pela Petrobras anima revendas de gasolina

AlaskaAlaska - Foto: YouTube/Reprodução

 

A iminência de uma nova política de preços de combustíveis que será adotada pela Petrobras tem deixado atores do setor com a orelha em pé. A sinalização do presidente da estatal de que a gasolina não custará no Brasil menos do que no mercado internacional levanta a possibilidade de fortalecer uma alternativa ao combustível oriundo do petróleo. Por outro lado, soa como a esperança de revendedores, que esperam que a medida entre em vigor o quanto antes.

“A gente esperava que essa nova política entrasse em vigor logo após as eleições. Agora a expectativa do mercado é que isso ocorra até novembro, para, inclusive, movimentar as vendas do Natal e girar a economia”, comentou o vice-presidente para o Norte e Nordeste da Federação Nacional de Combustíveis (Fecombustíveis), Valter Tannus. Para ele, inicialmente, a medida deverá resultar numa baixa do valor da gasolina, que se encontra, no Brasil, com um preço 30% acima do que é praticado no mercado internacional.

“Eu tenho certeza de que será benéfico para o consumidor poder voltar a consumir combustível”, considerou Valter Tannus ao ressaltar que as vendas de combustíveis no País caíram 12% na comparação dos nove primeiros meses deste ano com o mesmo período de 2015.

A sinalização foi feita pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente, na sexta-feira passada, em entrevista à agência de notícias Bloomberg. Segundo ele, a companhia planeja implementar mudanças mais frequentes a partir de fatores como os preços internacionais, taxa de câmbio e participação no mercado. Na ocasião, ele reiterou que a empresa não vai mais ter perdas em seus preços. Procurada pela reportagem, a Petrobras emitiu nota reforçando a fala do presidente e disse que os preços dos combustíveis poderão variar.
Já pelo lado dos produtores de etanol, há uma cobrança por maior clareza na política de combustíveis para que se tenha maior previsibilidade. Essa é a queixa do presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha. “É preciso que a Petrobras deixe bem clara como será essa política de combustível e como ela vai agir em relação aos combustíveis limpos, que é o caso do etanol”, disse Cunha, lembrando o Acordo Climático de Paris assinado em 2015, no qual o Brasil se compromete a aumentar a participação de combustíveis limpos na matriz energética. “Para isso, vai ter que investir no etanol”, acrescentou.

 

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