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Comércio varejista de Pernambuco registra queda de 6,5% em dezembro

Com a retração, Pernambuco aparece como o sexto pior desempenho nacional no mês de dezembro

Movimentação do comércio no Centro do RecifeMovimentação do comércio no Centro do Recife - Foto: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco

As vendas no comércio varejista em Pernambuco apresentaram retração de 6,5% em dezembro na comparação com novembro, mês que registrou alta de 4,3%, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O resultado acompanhou o desempenho do varejo nacional, que caiu 6,1%. Essa é a queda mais intensa para um mês de dezembro de toda a série histórica, iniciada em 2000.

De acordo com a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, o décimo terceiro antecipado e as compras online feitas em novembro foram alguns fatores que contribuíram para a queda. “Tivemos nesse dezembro algumas situações bastante atípicas em relação a anos anteriores. Primeiro quando a gente teve a pandemia, o décimo terceiro salário das pessoas foi antecipado pelo governo, então em dezembro eles não tinham mais esse recurso para gastar. Além disso, como as pessoas estavam optando por fazer as compras on-line, uma parte dessas compras foi feita em novembro aproveitando a Black Friday”, explica.

Apesar dos números baixos, Pernambuco teve índices superiores à média brasileira na comparação entre dezembro de 2020 e o mesmo mês de 2019, com 4,1%, contra 1,2% a nível nacional. No acumulado, o Estado fechou o ano positivamente, mas de forma discreta, com 0,7%.

“O crescimento do acumulado do ano tem um componente bastante forte com a questão do auxílio emergencial, principalmente no Nordeste e em Pernambuco também. Apesar da pandemia e do impacto na economia, o auxílio fez com que houvesse um fôlego maior, isso se reflete também no tipo da atividade comercial que teve crescimento. Nós vemos a parte do mercado e hipermercado tendo crescimento e as questões de comodidade para as pessoas ficarem em casa, como o setor de móveis e eletrodoméstico, com crescimentos grandes”, destaca Fernanda. 

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