Confiança da microempresa cai
Apesar da queda, quando o tema trata de perspectiva futura o resultado é positivo
Após quatro meses de alta, a confiança dos micros e pequenos empresários teve uma queda de 8,3% em setembro (46 pontos) na comparação com agosto, quando o índice atingiu 50,2 pontos. Os números fazem parte do Indicador de Confiança da Micro e Pequena Empresa de Varejo e Serviços (ICMPE), feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). A oscilação do indicador reflete o clima de incerteza diante do cenário econômico do País.
A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, mais confiantes estão os empresários. O Indicador que avalia a assimilação do micro e pequeno empresariado sobre o desempenho de suas empresas e da economia brasileira nos últimos seis meses também apresentou recuo, passando de 31,6 pontos em agosto para 27,3 em setembro. “Os micros e pequenos empresários encaram esse momento econômico com desconfiança. Então isso é muito normal”, comentou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Quando o tema trata de perspectiva futura, o resultado é positivo. Os empresários que acreditam que a economia vai melhorar representam 46,7% dos entrevistados. Eles mostraram otimismo com os próximos seis meses. Outros 22,6% manifestaram pessimismo.
Ao falar sobre o próprio negócio, a proporção de otimistas sobe para 56% e a de pessimistas cai para 15,1%. ”Esse é o momento de ser otimista. Porém com muita cautela. A microempresa é frágil e depende muito do Estado”, afirmou o presidente da Femicro, José Tarcísio da Silva. A pesquisa consultou 800 empreendimentos do comércio varejista e de serviços.