Economia

Depois da chegada da Amazon Prime, Magazine Luiza subsidia frete a parceiros

O frete no Magalu Marketplace, shopping online da varejista e de outras marcas, é gratuito em vendas a partir de R$ 99 para produtos da Magazine Luiza

Magazine LuizaMagazine Luiza - Foto: EugÍnio Moraes/Hoje em Dia/Folhapress

A Magazine Luiza vai subsidiar por três meses o frete a lojas que anunciam em seu marketplace, numa tentativa de reter parceiros e aumentar a adesão de novas marcas na plataforma online. A medida foi anunciada no mesmo mês em que a concorrente americana Amazon lançou um plano mensal de R$ 9,90 com frete incluído para compras em todo o país.

O subsídio da Magazine Luiza será dado em um período de teste, de outubro a dezembro, podendo se prolongar por mais tempo, segundo Frederico Trajano, presidente da empresa.

Ele fez o anúncio junto a um pacote de benefícios durante o primeiro evento da marca aberto a parceiros e ao público externo, nesta quarta-feira (25), em São Paulo. O apresentador Luciano Huck, parceiro da varejista em quadros do seu programa de TV, também se apresentou.

O frete no Magalu Marketplace, shopping online da varejista e de outras marcas, é gratuito em vendas a partir de R$ 99 para produtos da Magazine Luiza. A partir de outubro, compras com esse valor serão gratuitos também a parceiros se eles aderirem ao programa de entregas da companhia. O valor máximo do subsídio, no entanto, é para fretes de até R$ 80.

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A empresa também vai estender a parceiros acesso ao Magalu Tax, portal de faturamento para emissão de nota fiscal eletrônica e ao PDV digital, e deve diminuir a taxa de antecipação de 1,42% para 0,99% ao mês até dezembro.

A ambição da companhia é transformar o Magalu em um superapp, com compras, pagamentos, frete grátis, jogos e recarga de celular. Trajano recorreu algumas vezes ao exemplo de ecommerce da China e à entrega rápida e pontual dos Estados Unidos como casos bem-sucedidos.

Desde que passou a investir no marketplace, as ações da empresa dispararam mais de 13.000% na Bolsa nos últimos três anos. A expectativa é que faturamento do marketplace ultrapasse R$ 2 bilhões em 2019.

Hoje, oito mil empresas comercializam na plataforma da varejista, com uma entrada de cerca de mil novas marcas por mês. "Quem digitalizou a China foi um chinês, quem digitalizou os Estados Unidos foi um americano e quem digitalizar o Brasil tem que ser um brasileiro", disse Trajano.

Apesar de o ecommerce brasileiro faturar R$ 80 bilhões ao ano, o setor representa só 5% do varejo nacional. "Se compararmos com a China, 20% do comércio é digital. A China é a grande inspiração do que pode ser o Brasil se aproveitarmos a oportunidade", disse.

Com 16 centros de distribuição e mais de cem lojas com 30% da área destinada à armazenagem, o Magalu conseguiu bons patamares de rentabilidade. A taxa de pontualidade é mais alta do que a média, segundo Trajano, pela capilaridade e pela contratação de 2 mil distribuidores próprios. Ao falar da ineficiência logística, o executivo criticou a ineficácia dos Correios, em vias de ser privatizado, e mencionou as perdas bilionárias da estatal.

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