Dezoito deputados não participaram da votação que aprovou isenção do IR; saiba quem são
Entre os ausentes, há parlamentares que se encontravam em situações excepcionais, como compromissos internacionais, licença médica ou participação em operações humanitárias
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, com 493 votos a favor e nenhum contrário, o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas com rendimentos de até R$ 5 mil. Apesar da unanimidade entre os presentes, 18 deputados não registraram voto durante a sessão.
Entre os ausentes, há parlamentares que se encontravam em situações excepcionais, como compromissos internacionais, licença médica ou participação em operações humanitárias.
Luizianne Lins (PT-CE), por exemplo, participa da flotilha que foi interceptada por Israel na quarta-feira, enquanto tentava levar alimentos e medicamentos a Gaza.
Mauro Benevides Filho (PDT-CE) está internado após um AVC e José Medeiros (PL-MT) cumpria agenda internacional.
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Já Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está nos Estados Unidos desde o começo do ano. Ele tem realizado articulação política internacional, incluindo pedidos de sanções contra autoridades brasileiras e participação em debates sobre sanções comerciais ao Brasil. Suas atividades no exterior motivaram uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), por coação em processo judicial.
Além disso, o presidente da Câmara, Hugo Motta, não registra voto, e André Janones (Avante) está suspenso de suas funções e, por isso, também não participou da sessão.
Confira a lista dos deputados que não participaram da votação:
- Detinha (PL-MA)
- Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
- Fausto Pinato (PP-SP)
- Fábio Macedo (Podemos-MA)
- Hercílio Diniz (MDB-MG)
- Juarez Costa (MDB-MT)
- Luciano Alves (PSD-PR)
- Marcos Soares (União-RJ)
- Mauro Benevides Filho (PDT-CE)
- Nelson Barbudo (PL-MT)
- Nelinho Freitas (MDB-CE)
- Pastor Marco Feliciano (PL-SP)
- Samuel Santos (Podemos-GO)
- Vinicius Gurgel (PL-AP)
- Zé Adriano (PP-AC)
- Geraldo Mendes (União-PR)
- José Medeiros (PL-MT)
- Luizianne Lins (PT-CE)
A medida aprovada é uma das principais bandeiras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tem como objetivo beneficiar a classe média, ampliando o poder de compra e reforçando compromissos eleitorais às vésperas das eleições de 2026.
De acordo com o governo o projeto deve beneficiar cerca de 17 milhões de contribuintes. Para compensar a renúncia de receitas, a proposta prevê a tributação de 10% sobre rendimentos acima de R$ 1,2 milhão por ano, incluindo dividendos, além de ajustes na cobrança de tributos sobre bancos.

