DHL investe R$ 1 bi com aérea brasileira para abrir novas rotas de aviões de carga para o Brasil
Na capacidade máxima, prevista para o fim de 2025, serão quatro cargueiros operando entre Campinas (SP), Recife (PE), Belém (PA) e Manaus (AM)
A DHL Supply Chain, operadora de armazenagem e distribuição da gigante alemã da logística, anunciou nesta terça-feira, dia 14, parceria com a brasileira Levu Air Cargo, companhia aérea especializada em cargas, para investir R$ 1 bilhão em novas rotas cargueiras, entre Campinas (SP), Recife (PE), Belém (PA) e Manaus (AM).
O itinerário começa a operar neste mês, com 16 voos por semana, segundo Plínio Pereira, presidente da DHL Supply Chain no Brasil, entre Campinas (SP), Recife (PE) e Manaus (AM), com um cargueiro da Airbus de 27 toneladas de capacidade. Belém (PA) será incluída ainda nos primeiros meses de operação.
Com isso, o plano é movimentar 4 mil toneladas por mês já este ano. O projeto total é, além de incluir Belém, colocar quatro cargueiros da Airbus operando entre essas cidades, dois de 27 toneladas e dois de 90 toneladas cada. Com isso, no fim de 2025, a capacidade de transporte chega a 10 mil toneladas por mês.
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"Estamos colocando no sistema mais 10 mil toneladas de capacidade por mês. Em dezembro do ano passado, a movimentação da carga aérea no Brasil foi próxima de 50 mil toneladas. O que vamos acrescentar na capacidade do Brasil de carga é equivalente a 20% do total de dezembro do ano passado" afirmou Pereira.
Carga geral e comércio eletrônico
A DHL Supply Chain atua com carga geral. Transporta peças, partes e produtos acabados das indústrias que mais demandam do modal aéreo, como a farmacêutica, a automobilística, a de eletroeletrônicos e a de petróleo e gás, incluindo aí a rota entre Manaus (AM) e São Paulo, a mais movimentada do país, por causa do polo industrial da Zona Franca.
Além disso, o presidente da DHL Supply Chain vê questões climáticas como um fator a mais a impulsionar a demanda. Ano passado, a seca severa na Amazônia travou a logística da Zona Franca de Manaus, que depende dos rios tanto para receber peças e partes quanto para mandar os produtos industriais produzidos por lá para os principais mercados consumidores.
Embora a conexão do polo industrial na Amazônia com o Sudeste seja a principal rota do transporte aéreo de carga doméstica, ela poderia ter uma fatia ainda maior da logística da Zona Franca, disse Pereira.