Economia

Dois estaleiros de Pernambuco disputam quatro navios de guerra

Em chamamento público à indústria naval, a Marinha anunciou que 21 empresas concorrem ao certame

Estaleiro Atlântico SulEstaleiro Atlântico Sul - Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco/arquivo

Dois estaleiros de Pernambuco estão concorrendo a um certame para construção de quatro novas corvetas (navios de guerra): Estaleiro Atlântico Sul e Vard Promar, ambos localizados na área de Suape.

Em chamamento público realizado na última terça-feira (19), a Marinha do Brasil convocou a indústria naval para anunciar a estruturação do início da modernização do setor brasileiro. Projetado em US$ 1,6 bilhão, o investimento será feito pelo Ministério da Defesa e pela Marinha, através dos royalties do petróleo. Ao todo, são 21 estaleiros que concorrem à licitação presentem em 15 países do mundo.

De acordo com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o valor a ser investido será responsável pelo ciclo de vida dos navios. “A empresa que ganhar vai construir os navios e também realizar a manutenção e modernização ao longo dos anos. A primeira corveta deverá ser entre no prazo máximo de quatro anos e as outras três no prazo de até oito anos”, disse Jungmann, em apresentação na Escola de Guerra Naval, no Rio de Janeiro. Cada corveta terá o peso de 2,8 mil toneladas e será capaz de transportar uma tripulação de 136 militares.

A análise dos contratos das empresas deve durar o período de seis meses. “A Marinha que vai decidir o estaleiro vencedor. A previsão é de que em meados do próximo ano o contrato com a empresa vencedora seja assinado”, apresentou Jungmann. Mesmo que a empresa vencedora não tenha nacionalidade brasileira, os navios deverão ser construídos no Brasil. A Marinha é responsável pela proteção de 7400km de costa brasileira a contar 4,5 milhões de águas territoriais. Além disso, o órgão preserva 260 plataformas de Petróleo no mar do País.

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O projeto, realizado através do documento de Solicitação de Proposta (em inglês, Request for Proposal - RFP), chama-se “Corveta Classe Tamandaré”. Para Jungmann, o segmento estava enxergando um processo de obsolescência e não tinha um programa de modernização para a área. Por isso, foi lançado esse planejamento.

Durante o encontro, o comandante da Marinha, almirante Eduardo Barcellar Leal Ferreira, disse que esse projeto representa um importante marco na retomada da construção de meios para o Núcleo do Poder Naval. Participaram do evento representantes de federações das indústrias, empresas nacionais e internacionais, estaleiros e sindicatos.

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