Economia

Dólar fecha abaixo de R$ 4 pela 1ª vez desde agosto

Para Fernanda Consorte, economista-chefe do Banco Ourinvest, a queda do dólar ainda é fruto da aprovação da nova Previdência

Dólar, moeda americanaDólar, moeda americana - Foto: Arquivo/Agência Brasil

Com cenário externo favorável, o dólar caiu 0,42% nesta segunda-feira (28) e foi a R$ 3,9930, menor valor desde 15 de agosto. A moeda americana perdeu 14 centavos de real desde o último passo da reforma da Previdência no Congresso, na última terça (22). A aprovação do projeto também beneficia a Bolsa brasileira, que voltou a bater recorde nesta segunda, fechando acima dos 108 mil pontos pela primeira vez na história.

Para Fernanda Consorte, economista-chefe do Banco Ourinvest, a queda do dólar ainda é fruto da aprovação da nova Previdência e da expectativa do mercado com demais reformas, como a administrativa e tributária. "O movimento também implica uma vinda de dólares com a cessão onerosa na próxima semana. Resta saber se a cotação vai se manter abaixo de R$ 4".

A economista aponta que apenas a entrada de investidores estrangeiros no país seria capaz de estabilizar a cotação abaixo dos R$ 4. No momento, a balança cambial de investimentos está negativa.

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Além da aprovação da principal pauta do mercado financeiro, o real se valoriza com uma trégua na guerra comercial. Estados Unidos e China estão com o texto da primeira fase do acordo praticamente pronto para ser assinado em novembro.

As Bolsas também se beneficiam da aproximação entre chineses e americanos que, somada à expectativa de quedas de juros esta semana levou índices acionários a novos recordes. No Brasil, o Banco Central (BC) decide a nova taxa básica de juros nesta quarta-feira (30). O mercado prevê uma queda de 0,5 ponto percentual na Selic, que ira para 5% ao ano, nova mínima histórica.

O boletim Focus desta segunda-feira aponta que os economistas reduziram ainda mais suas expectativas para a taxa básica de juros em 2020, com o grupo dos que mais acertam as previsões na pesquisa do BC vendo a Selic a próxima de 4,5% tanto este ano quanto no próximo.

Em meio ao ciclo de afrouxamento do Banco Central, o Ibovespa subiu 0,77% nesta segunda, a 108.187 pontos, perto da máxima do dia de 108.392 pontos, novo recorde intraday. O volume negociado foi de R$ 15,142 bilhões, abaixo da média diária para o ano. Nos Estados Unidos, o S&P 500 também bateu recorde. O índice foi a 3.039 pontos, alta de 0,56%, apenas 5 pontos a mais que a máxima anterior, de 26 de julho. Demais índices da Bolsa de Nova York, Dow Jones e Nasdaq se aproximaram das máximas históricas, com altas de 0,49% e de 1,01%, respectivamente.

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