BOLSA DE VALORES

Dólar sobe 3,7% na semana e termina a R$ 5,56; Ibovespa cai 1,3% no período

A força do dólar ante o real nesta semana ocorreu em sintonia com a reação de preço da moeda no exterior

DólarDólar - Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A cotação do dólar acumulou alta de 3,7% na semana, a R$ 5,5560. O turismo está a R$ 5,697. Nesta sexta-feira (25), a moeda subiu 0,8%. Já o Ibovespa terminou a sessão estável, a 96.999 pontos. Na semana, acumulou queda de 1,3%.

A força do dólar ante o real nesta semana ocorreu em sintonia com a reação de preço da moeda no exterior. A divisa foi beneficiada por fluxos de demanda por segurança depois de indicadores apontando desaceleração econômica nos Estados Unidos e na Europa elevarem temores sobre a sustentabilidade da recente retomada.

A esse medo se somaram novas medidas de confinamento em algumas nações europeias com o aumento de casos de Covid-19, enquanto os Estados Unidos seguiram presos a um impasse sobre novos estímulos num momento em que o Fed (banco central dos EUA) expressa que há pouco o que se fazer adicionalmente do lado da política monetária.

"A correção do mercado que esperávamos começou e há mais por vir, apoiando o dólar e o iene. Esperamos que a maior volatilidade das moedas emergentes se sustente para além das eleições nos Estados Unidos", disseram analistas do Bank of America em nota.

Adicionalmente, o mercado de câmbio doméstico sentiu nos últimos dias impactos de maior estresse na renda fixa, em meio a escalada nas taxas de juros de mercado pela combinação entre aumento das ofertas de títulos públicos pelo Tesouro Nacional, menor demanda pelo mercado e incerteza fiscal -num contexto de Selic na mínima histórica de 2% ao ano.

Por outro lado, a moeda brasileira subiu 2,6% ante o peso mexicano, 1,2% frente ao peso colombiano, 0,2% contra o peso chileno e 1,9% em comparação ao rand sul-africano.

Na avaliação do Citi, a barra para o real depreciar mais que seus pares está agora "mais alta", com o banco ressaltando que a recuperação da economia brasileira está emitindo sons "mais altos".

O Morgan Stanley elevou as projeções para o desempenho da economia brasileira em 2020 e 2021, avaliando que tanto consumidores como empresários estão em melhor situação para contribuírem para a retomada, em meio a uma política monetária estimulativa.

Analistas do banco americano comunicaram a mudança de estimativas em relatório nesta sexta no qual fizeram comparações com as perspectivas para o México -e concluíram que a economia brasileira está "bem à frente" do rival latino-americano na corrida para sair do fundo do poço.

Em Nova York, após nova sessão volátil, os principais índices acinários fecharam em alta. S&P 500 subiu, 1,6%, Nasdaq, 2,2% e Dow Jones, 1,3%.

Nesta sexta, o departamento comercial dos EUA divulgou que os novos pedidos para bens duráveis subiu 0,4% em agosto com relação a julho. A expansão veio abaixo da expectativa de analistas.

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