Justiça

Barroso bloqueia bens de ministro das Comunicações e outros investigados

Ministro do STF atendeu a um pedido da Policia Federal em investigação sobre suposto desvio de dinheiro público

Ministro das Comunicações, Juscelino Filho Ministro das Comunicações, Juscelino Filho  - Foto: Valter Camapanato/Agência Brasil

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou o bloqueio de R$ 835 mil do ministro das Comunicações Juscelino Filho (União Brasil-MA) e demais investigados em uma operação que apura suspeitas de desvio de dinheiro público envolvendo emendas parlamentares do ministro. A informação foi publicada pelo UOL e confirmada pelo Globo.

Segundo O Globo apurou, Barroso atendeu a um pedido da Policia Federal (PF) para bloquear bens dos investigados, entre eles o ministro das Comunicações, que é investigado também. A decisão do ministro do STF está sob sigilo.

Ainda de acordo com relatos feitos à reportagem, há elementos de que houve desvio do dinheiro da emenda direcionada, mas Barroso não autorizou a busca pessoal porque não tinha nada concreto especificamente sobre a atuação direta de Juscelino Filho.

O ministro do STF, assim, considerou muito drástica a medida conforme os elementos disponíveis, deixando claro na decisão a necessidade de continuidade das investigações.

Um dos alvos da operação deflagrada pela PF é a irmã de Juscelino Filho e prefeita de Vitorino Freire, Luanna Resende. Ela foi afastada do cargo por decisão do Supremo Tribunal Federal. Juscelino Filho, por sua vez, é investigado no caso, mas não é alvo da operação desta sexta-feira.

Em nota, a defesa de Juscelino Filho afirma que toda a atuação do ministro "tem sido pautada pelo interesse público e atendimento da população".

"É importante ressaltar que Juscelino Filho não foi alvo de buscas e que o inquérito servirá justamente para esclarecer os fatos e demonstrar que não houve qualquer irregularidade. Emendas parlamentares, vale dizer, são instrumentos legítimos e democráticos do Congresso Nacional e Juscelino Filho segue à disposição, como sempre esteve, para prestar esclarecimentos às autoridades", dizem os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso.

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