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Economia

Eletrobras não é eficiente em nada que faz, diz presidente da empresa

Estatal fará a privatização da distribuidora de energia que atende o estado de Goiás, a Celg

Raffiê Dellon e Tony GelRaffiê Dellon e Tony Gel - Foto: Divulgação

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, afirmou nesta sexta-feira (30) que a construção do plano de reestruturação da estatal está em curso e que mais ativos podem ser postos à venda.

A empresa, uma das maiores geradoras de energia elétrica do mundo, fará ainda neste ano a privatização da Celg, distribuidora de energia que atende o Estado de Goiás, e incluiu outras seis distribuidoras no programa de concessões do governo.

Ele afirmou que o foco da empresa deve ser geração e transmissão. "Não somos eficientes em nenhuma das atividades que operamos hoje", afirmou, destacando que a dificuldade maior está no segmento de distribuição.

Segundo Ferreira Junior, que assumiu a estatal após deixar o comando da CPFL, será preciso reduzir o endividamento da companhia, hoje em 18 vezes sua geração de caixa, e melhorar a qualidade da operação. De 2012 a 2015, a Eletrobras acumulou prejuízo de R$ 31,1 bilhões.

De acordo com o presidente, enquanto amargava maus resultados, a empresa decidiu "abraçar" o maior programa de investimento de sua história, com R$ 43 bilhões em geração, transmissão, distribuição e outros.

Com isso, houve uma queda abrupta em seu patrimônio. "Uma empresa de mais de 40 anos que, em apenas três, liquidou quase metade do seu tamanho", disse.

CORTES O novo comando da Eletrobras deve promover demissões em breve. Um dos caminhos, segundo o presidente, é um programa de demissão voluntária a ser lançado pela estatal.

Ferreira Junior diz que o ajuste é necessário já que, apesar de ser uma empresa de operação de usinas e linhas de transmissão, 50% do quadro de funcionários está no setor administrativo. "Só no Rio são seis prédios para acomodar o grupo", afirmou.

BOLSA No dia 11 de outubro, a empresa irá enfim arquivar relatório com dados financeiros e de seu balanço na Bolsa de Nova York, onde negocia ações. Estão em atraso os documentos sobre 2014 e 2015.

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