Em antevéspera do Dia das Mães, comércio do Centro do Recife tem pouca movimentação nesta sexta (6)
Lojistas reclamam da baixa procura de presentes; comércio informal registra mais movimento
O comércio do centro do Recife registrou pouca movimentação nesta sexta-feira (6), dois dias antes do Dia das Mães. Enquanto lojistas observam baixa demanda, consumidores apontam alta nos preços dos presentes e menor poder de compra.
Uma das datas comemorativas mais lucrativas do país, o Dia das Mães costuma levar multidões ao comércio formal e informal da capital pernambucana em busca de um presente ideal e em conta.
Mas a imagem vista nas ruas do centro do Recife nesta sexta-feira foi de baixo fluxo de clientes e pouca demanda - um cenário incomum até mesmo para os vendedores de longa data, que esperavam uma grande clientela justamente por ser o último dia útil antes do Dia das Mães.
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Segundo lojistas, a procura por presentes, de perfumes e cosméticos à eletrodomésticos, têm estado muito inferior em comparação à 2021, no auge da pandemia. “O fluxo de clientes está bem baixo. No ano passado, nessa mesma hora, não tinha nem espaço para passar na calçada, era uma agitação”, disse a vendedora Ana Vitória, 22, que mantém viva a esperança de um aumento na movimentação até o domingo (8).
Com a inflação e sem o auxílio emergencial, os consumidores se deparam com um aumento no preço dos produtos e um menor poder de compra. “Ou as pessoas compram uma lembrancinha, ou compram comida para casa”, disse a contadora Perla Coutinho, 30, uma das poucas pessoas com embalagens de presentes em mãos na Rua Nova, no centro do Recife.
“Uma caixa de sabonete no ano passado era 20 reais. Agora, na loja mais em conta que encontrei, estava por 30”, afirmou Perla, revelando ter feito pesquisas de preço para conseguir encaixar lembrancinhas para sua mãe, tia e sogra nas economias do mês.
Apesar de compartilhar do mesmo baixo movimento em comparação aos últimos anos, os preços mais baixos do comércio informal se tornaram uma opção mais atrativa para o consumidor.
Para a florista Célia Maria, já há 65 anos na profissão, as vendas da semana não fugiram do comum, mas a tendência é de alta na procura até o domingo. “Desde ontem, já aqueceu o movimento, a procura, a pesquisa de preços. Hoje, estamos na expectativa de melhorar, mas o comércio está aquecido”.