Empreender é coisa de criança
No Dia das Crianças, duas irmãs mostram que a educação financeira começa desde cedo
Já pensou em aproveitar este Dia das Crianças para falar sobre educação financeira com seus filhos? Se não, pense! Pois, segundo especialistas, trabalhar o assunto desde cedo é fundamental para a formação de adultos conscientes economicamente. E a prova disso está na casa da coach financeira Tatiane Fonseca, cujas filhas se revelaram empreendedoras com apenas 9 e 11 anos de idade.
Mais velha, Maria Eduarda percebeu logo cedo que poderia vender aquilo que sabe fazer para ganhar o dinheiro que precisava para comprar coisas de seu interesse. No início deste ano decidiu, então, fazer laços após receber algumas peças de presente.
“Ela achou legal e viu no YouTube como fazer os laços. Depois, me pediu para comprar o material e começou o trabalho”, conta Tatiane, que ajudou a filha a fazer as contas de quanto custava e por quanto deveria ser vendido cada laço. Depois dessa ajuda, Maria Eduarda levou os planos para frente sozinha, tanto na internet quanto no colégio.
A ideia deu tão certo que a pequena criou até um blog para a divulgação do produto e, assim, inspirou a irmã mais nova a também procurar formas de rentabilidade econômica.
Samara, de 9 anos, sugeriu, então, executar atividades de casa para ajudar a mãe em troca de compensações financeiras. Ela cobra apenas por tarefas que não são de sua obrigação, como lavar os pratos e o carro, e fez uma lista com o preço de cada uma dessas atividades. Assim, já conseguiu juntar mais de R$ 220, dinheiro que vai usar para comprar o próprio presente do Dia das Crianças.
Maria Eduarda explica que “é preciso trabalhar para conseguir poupar e comprar as coisas que se quer, porque nada é de graça”. “Por isso tive a ideia de vender laços, com o objetivo de ganhar mais dinheiro e poder poupar para realizar sonhos como o do meu tablet”, completa a pequena.
O talento, segundo Tatiane, é fruto de conversas familiares e sobretudo das aulas de educação financeira da escola Ecoprime. Em Aldeia, o colégio é um dos primeiros do Grande Recife a seguir a técnica DSOP da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), que relaciona sonhos e dinheiro incentivando as pessoas a diagnosticarem seus orçamentos, sonharem, planejarem este sonho e pouparem para realizá-lo.
“Desde cedo, mostro que dinheiro não é ganhado, mas produzido. Mas, depois que elas entraram no colégio, essa preocupação cresceu muito. Elas ainda desenvolveram a noção de empreendedorismo, que é uma das matérias estudadas e estimula ideias de como é possível constituir renda e fazer dinheiro”, contou a mãe.