Energia: mudança trará impacto
Entidade reage com cautela à determinação da União de comprar sua energia no mercado livre
Se por um lado, a aposta do Governo Federal no mercado livre é vista como uma tentativa para reduzir as despesas da máquina pública, por outro, é observada com certa cautela pela Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica (ABCE). É que, para atender seus clientes cativos, as distribuidoras compram energia suficiente para abastecê-los no longo prazo.
Com a saída de cena de um cliente importante, como a União, sobrariam insumos e, naturalmente, o impacto no faturamento das empresas seria inevitável. A medida do Ministério do Planejamento prevê uma diminuição de 20% ao ano com esse tipo de custo, ou seja, o equivalente a R$ 400 milhões.
Com a saída de cena de um cliente importante, como a União, sobrariam insumos e, naturalmente, o impacto no faturamento das empresas seria inevitável. A medida do Ministério do Planejamento prevê uma diminuição de 20% ao ano com esse tipo de custo, ou seja, o equivalente a R$ 400 milhões.
“Geralmente, as concessionárias compram energia por, no mínimo, cinco anos e, agora, essa energia vai sobrar”, avaliou o presidente da ABCE, Alexei Vivan. Para ele, a decisão do Governo Federal tem que vir concatenada com a possibilidade de revisão da compra.
“Atualmente, essas regras não estão claras. O Governo anuncia e pronto”, frisou. Outra questão destacada pelo representante das concessionárias se refere à instabilidade do mercado livre. “Hoje, o mercado livre está barato. Mas quem garante que ele não aumente nos próximos anos?”, questionou.
“Atualmente, essas regras não estão claras. O Governo anuncia e pronto”, frisou. Outra questão destacada pelo representante das concessionárias se refere à instabilidade do mercado livre. “Hoje, o mercado livre está barato. Mas quem garante que ele não aumente nos próximos anos?”, questionou.
Se isso acontecer, avalia, o imbróglio será grande porque o Governo Federal, futuro cliente livre, não poderá voltar imediatamente para o varejo. Serão necessários cinco anos para que essa transição inversa aconteça. “Sem dúvida, há um risco com essa exposição”, ponderou, acrescentando que a rebordosa para as distribuidoras vem a se somar com a diminuição na demanda de energia em função da recessão econômica.
Presidente da Eletron Energy - que opera no mercado livre -, André Cavalcanti afirmou que existem mecanismos para que a distribuidora se desfaça da sobra de energia contratada. “Dentre tantas, podem repassar a energia entre elas, fazer uma repactuação de contrato bilateral ou revender a sobra”, comentou.
Sobre a instabilidade do mercado, Cavalcanti retrucou que os contratos são de longo prazo e os preços, estáveis. Para a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), disse o gerente de relacionamento de grandes clientes, Fábio Azevedo, as perdas serão minimizadas porque existem cláusulas contratuais que garantem a rentabilidade da empresa. “Existem gatilhos contratuais que resguardam a distribuidora”, analisou, pontuando que o ganho financeiro se manterá na medida em que a União usar a infraestrutura. “Vamos continuar ganhando pelo uso do fio”, justificou.
Sobre a instabilidade do mercado, Cavalcanti retrucou que os contratos são de longo prazo e os preços, estáveis. Para a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), disse o gerente de relacionamento de grandes clientes, Fábio Azevedo, as perdas serão minimizadas porque existem cláusulas contratuais que garantem a rentabilidade da empresa. “Existem gatilhos contratuais que resguardam a distribuidora”, analisou, pontuando que o ganho financeiro se manterá na medida em que a União usar a infraestrutura. “Vamos continuar ganhando pelo uso do fio”, justificou.
Renovável
Pernambuco é pioneiro ao buscar alternativas para economizar na conta de luz. O Centro de Convenções consome parte de energia gerada em Tacaratu. A ideia, de acordo com o secretário executivo de energia, Pedro Cavalcanti, é abranger mais prédios públicos nesse formato. A economia será de 8% a 10% nos custos com o insumo.
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