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Tecnologia

EUA e Japão se unem para barrar domínio chinês no 6G, que permitirá a automação de carros e fábricas

Produtos com a tecnologia devem se popularizar em 2030; Nova tecnologia terá velocidade cem vezes maior que o 5G

Foto: Alex Kraus/Bloomberg

Depois da corrida pelo 5G apontar a proeminência da gigante chinesa Huawei nos mercados internacionais - apesar de sanções aplicadas por Estados Unidos e Reino Unido - representantes americanos e japoneses já adiantam a tentativa de dominar as redes 6G, que devem começar a operar em larga escala em 2030.

A produção de equipamentos adaptados à tecnologia de sexta geração por EUA e Japão, com dispensa de controle humano, anunciado pelo jornal Nikkei Asia neste sábado, é uma estratégia de minar a participação da China nesse mercado.

Um passo adiante do 5G, a nova modalidade pode permitir a produção de carros e fábricas totalmente automatizadas, e até o transporte, via banda de internet, de hologramas humanos de corpo inteiro.

A velocidade do 6G pode ultrapassar 1 Terabite por segundo, cem vezes maior que a quinta geração, segundo relatório da empresa chinesa Conterpoint Research divulgado em janeiro de 2021.

De olho no mercado, a expectativa, segundo o veículo asiático, é que os chips para produção de relógios atômicos - que atuam como sensores indispensáveis para o controle remoto em tempo real - sejam amplamente comercializados a partir de 2025, com a perpectiva de consolidação do 5G, que já representa uma revolução na chamada internet das coisas.

O Ministério das Assuntos Internos e Comunicações do Japão deve chamar empresas de tecnologia do país para formar um consórcio até setembro deste ano, com o apoio de parceiros americanos especializados em software.

O governo japonês daria suporte para pesquisa e desenvolvimento e produtos voltados a nova tecnologia, com financiamento válido por quatro anos.

A fabricação de semicondutores especializados, peças-chave para 5G e 6G, ficaria sob o comando do Instituto Nacional de Informações e Tecnologias da Comunicação do Japão, órgão vinculado ao ministério japonês.

A aliança seria uma forma de facilitar a expansão internacional das ferramentas criadas no Japão, de acordo com o Nikkei Asia.

O 6G, que será usado em indústrias de celulares, meios de comunicação em geral, automóveis, drones e fabricação de relógios, também está na mira de importantes empresas chinesas, como Huawei, Alibaba e Tencent. 

Outros importantes players estão na corrida para competir nesse novo mercado, como Noka e AT&T, além das japonesas NTT Docomo, KDDI e Denso.

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