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Fim da escala 6x1: entenda projeto de lei que governo vai defender; texto prevê limite de 40 horas

Iniciativa do Planalto ocorre após impasse em relatório que está sendo apreciado por subcomissão

Manifestação faz parte de mobilização nacional pelo fim da escala 6x1Manifestação faz parte de mobilização nacional pelo fim da escala 6x1 - Foto: Rafael Melo/Folha de Pernambuco

Diante do impasse na subcomissão que discute o fim da escala 6x1 , o governo Lula decidiu defender projetos de lei com o intuito de substituir o texto do deputado Luiz Gastão (PSD-CE).

O governo deve apoiar um projeto de lei que teve seu relatório apresentado por Leo Prates (PDT-BA). O texto prevê:

A diminuição da jornada normal de trabalho semanal implementada sem qualquer redução nominal ou proporcional nos salários dos trabalhadores.

O repouso semanal remunerado será de, no mínimo, dois dias consecutivos, assegurando-se que ao menos um dos dias coincida com o domingo, no mínimo, uma vez a cada período máximo de três semanas.

A redução da jornada seria gradual: a partir de 1º de janeiro de 2027, com limite de 42 horas e, a partir de 2028 , com limite de 40 horas.

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O que falta para entrar em vigor?
Para o texto entrar em vigor, são necessárias algumas etapas. O projeto do deputado Leo Prates está na Comissão de Trabalho. Se aprovado, ainda precisaria passar pelo plenário antes de seguir para o Senado. Só depois, poderia ir para a sanção presidencial.

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A iniciativa surge como reação à má recepção do relatório de Gastão, que não extingue o 6x1. O relator propõe apenas uma redução gradual da carga semanal — 42 horas no primeiro ano, 41 no segundo e 40 no terceiro — e sugere desoneração da folha para empresas com alto peso de pessoal, como forma de suavizar impactos econômicos.

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Para o governo, porém, o texto deixa de enfrentar o principal problema da escala e não responde à expectativa criada na própria subcomissão.

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