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Haddad diz que reforma do Imposto de Renda só deve ser enviada ao Congresso no fim do ano

Ministro afirma que a equipe econômica vai aguardar a tramitação final da Reforma com foco em consumo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista coletiva sobre o programa Desenrola O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista coletiva sobre o programa Desenrola  - Foto: Diogo Zacarias/Divulgação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que o governo deve enviar no fim do ano a proposta de mudança na tributação de renda.

No começo do mês, a Câmara aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária sobre o consumo. O texto começa a tramitar no Senado Federal em agosto. A previsão de votação é de até dois meses.

— (Envio da proposta com foco na renda) Só depois da aprovação da Reforma Tributária do consumo. Lá para o fim do ano. Vamos começar as discussões internas da Fazenda — disse Haddad, em conversa com jornalistas na Fazenda.

Houve uma mudança de horizonte. No início da semana passada, Haddad havia mencionado que a segunda fase da Reforma Tributária, com foco na renda, seria encaminhada ao Congresso antes da tramitação final do primeiro texto da reforma - centralizado no consumo.

O ministro ainda afirma que a reformulação da tributação de renda no país não está sendo considerada pela equipe econômica como condicionante “para cumprir” a meta de zerar déficit primário em 2024.
 

Folha de Pagamento
Haddad também criticou a possibilidade da desoneração da folha de pagamento ser inserida no texto da Reforma Tributária sobre o consumo. Ele argumentou que seria uma “mistura” de assuntos distintos.

— Seria muito ruim se isso acontecesse, vai misturar assuntos muitos diferentes e comprometer a reforma sobre consumo — avalia.

Ontem, o Globo mostrou que mudanças na folha de pagamento das empresas serão abordadas em um projeto separado.

O ministro ainda adiantou que a equipe economica não vai aproveitar o projeto de reforma da tributação da renda enviada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Congresso. Uma das definições dessa proposta - aprovada na Câmara em 2021 e paralizada no Senado - era uma alíquota de 15% sobre lucros e dividendos distribuídos pelas empresas.

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