Haddad: Existe ecossistema econômico em torno da questão ecológica, com ganho para o País
Haddad destacou que o Brasil tem grandes oportunidades e vantagens para avançar nessa agenda
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (30), que existe hoje um ecossistema econômico em torno da questão ecológica que pode representar um ganho considerável para o Brasil.
Ele avaliou que um atraso na promoção dessa agenda tornará mais recorrentes os eventos climáticos extremos, como a seca no Pantanal e as inundações no Rio Grande do Sul registradas este ano.
O ministro participa do Congresso Internacional de Direito Constitucional promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), no painel "Transição Ecológica e Estrutura Produtiva".
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Haddad destacou que o Brasil tem grandes oportunidades e vantagens para avançar nessa agenda, como os melhores ventos do mundo, insolações e produção elevada de biocombustíveis.
Haddad afirmou ser muito significativo ter um Estado comprometido com a preservação ambiental, ao citar como exemplo algumas iniciativas tomadas pela atual gestão, como o Fundo de Financiamento para Florestas Tropicais (TFFF) - lançado pelo governo brasileiro durante a COP 28 nos Emirados Árabes.
Ele mencionou ainda o Plano Safra verde, os recursos destinados ao Fundo Clima do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar projetos sustentáveis e as emissões de green bonds (títulos verdes).
"O Brasil é um dos poucos países em que o ministro das finanças é amigo do ministro do meio ambiente. Essas questões no mundo ainda estão dissociadas, como se preservação e desenvolvimento fossem conceitos que não pudessem estar na mesma frase. Não há mais como falar de desenvolvimento sem falar de sustentabilidade", disse.
O ministro ressaltou que o País terá que se preparar para a transformação ecológica e avaliou ser necessário repensar o modo de vida.
Ele disse ainda que não há mais como contornar essa "dimensão da vida", ao citar os impactos ocasionados pelas tragédias de seca e inundação que acometeram o Brasil este ano, como encarecimento de energia elétrica e de alimentos, com reflexos diretos na inflação.