Economia

Indústria ataca aumento de tributo e defende novos cortes de gastos

Em nota, a Fiesp diz que o aumento "penalizará ainda mais as empresas, que estão com as finanças debilitadas pela recessão".

FiespFiesp - Foto: divulgação

Associações da indústria criticaram a decisão do governo Michel Temer de aumentar a tributação sobre os combustíveis. A alíquota sobre a gasolina deve dobrar, enquanto a sobre o diesel e o etanol devem subir R$ 0,21 e R$ 0,19 por litro, respectivamente.

A medida foi adotada para aumentar a arrecadação de impostos, que continua fraca em razão do nível baixo de atividade econômica. A estimativa é que o aumento do PIS/Cofins sobre os combustíveis resulte em receitas adicionais no valor de R$ 10,4 bilhões.

Em resposta, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) resgatou o pato, símbolo da campanha contra a recriação da CPMF em 2015 e nos protestos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

"Não cansaremos de repetir: Chega de Pagar o Pato. Diga não ao aumento de impostos! Ontem, hoje e sempre", diz a nota divulgada pela entidade.

A federação argumenta que o aumento do tributo vai recair sobre uma sociedade "já sufocada, com 14 milhões de desempregados, falta de crédito e sem condições gerais de consumo", o que vai levar a um agravamento da crise econômica.

"Todos sabem que o caminho correto é cortar gastos, aumentar a eficiência e reduzir o desperdício", diz o texto assinado pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) também defendeu que o governo ajuste suas contas cortando gastos no lugar de aumentar impostos.

Em nota, a entidade diz que o aumento "penalizará ainda mais as empresas, que estão com as finanças debilitadas pela recessão".

"A elevação dos tributos drena recursos do setor privado para o setor público. Provoca o aumento dos custos das empresas e reduz o poder de compra das famílias, o que prejudica o crescimento da economia", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

A organização cobra ainda que o governo acelere as reformas, sobretudo a da Previdência -parada na Câmara desde a divulgação da gravação de conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista, dono da JBS.

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