Economia

Instituições financeiras aumentam projeção de déficit público

São previstas mais despesas (de R$ 1,359 trilhão para R$ 1,367 trilhão) e redução nas receitas líquidas (de R$ 1,219 trilhão para R$ 1,217 trilhão)

O ministro Paulo Guedes só contabilizou nas contas projetos que têm maiores chances de concretizaçãoO ministro Paulo Guedes só contabilizou nas contas projetos que têm maiores chances de concretização - Foto: Pixabay

Instituições financeiras consultadas pelo Ministério da Fazenda aumentaram a previsão para o resultado negativo das contas públicas, neste ano. A estimativa do déficit primário do Governo Central, formado por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, passou de R$ 138,543 bilhões para R$ 151,192 neste ano.

Mesmo assim, a estimativa está abaixo da meta de déficit perseguida pelo governo de R$ 159 bilhões. O resultado primário é formado por receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros.

Os dados constam da pesquisa Prisma Fiscal, elaborada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, com base em informações do mercado financeiro. Para 2019, a estimativa das instituições financeiras é déficit de R$ 117,875 bilhões, contra R$ 105,929 bilhões previstos em maio.

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A mudança na projeção para as contas públicas ocorreu porque as instituições preveem mais despesas (de R$ 1,359 trilhão para R$ 1,367 trilhão) e redução nas receitas líquidas (de R$ 1,219 trilhão para R$ 1,217 trilhão), neste ano. Para 2019, a previsão de receita líquida do Governo Central é R$ 1,303 trilhão, ante R$ 1,317 trilhão prevista no mês passado. No caso da despesa total, a projeção ficou em R$ 1,420 trilhão, ante R$ 1,417 trilhão, previsto em maio.

A pesquisa apresenta também a projeção para a dívida bruta do Governo Central, que, na avaliação das instituições financeiras, deve ficar em 75,8% do Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país), neste ano. A previsão anterior era 75% do PIB. Para 2019, a estimativa ficou em 77,8% do PIB, ante 76,8% previstos no mês passado.

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